Beja: triplo homicida morreu asfixiado por enforcamento - TVI

Beja: triplo homicida morreu asfixiado por enforcamento

Autópsia ao cadáver de Francisco Esperança foi concluída, mas os exames toxicológicos levarão várias semanas

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A autópsia ao cadáver do alegado homicida de Beja confirmou a morte por asfixia na sequência de enforcamento na cela, revelou à Agência Lusa fonte ligada ao processo, referindo que o corpo ainda não foi reclamado.

De acordo com a mesma fonte, a morte deveu-se a asfixia mecânica por o homem se ter enforcado com os lençóis da sua cela.

Se continuar sem ser reclamado, o cadáver fica ao cuidado do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) até se completar um período de 30 dias, findo o qual é entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, entidade responsável pelo denominado funeral social.

A autópsia ao cadáver do homem suspeito de ter assassinado à catanada a mulher, a neta e a filha e de ter mantido os corpos em casa durante uma semana foi efetuada na segunda-feira de manhã no INML, em Lisboa.

Fonte da INML disse na segunda-feira à Lusa que o relatório final da autópsia ao corpo de Francisco Esperança «demorará algum tempo a ficar concluído», tanto mais que «foram pedidos exames complementares», nomeadamente toxicológicos, que levarão várias semanas.

As conclusões da autópsia serão enviadas diretamente ao Ministério Público, entidade que supervisiona a investigação sobre a morte e que solicitou a perícia médico-legal, correndo o processo em segredo de Justiça.

O corpo de Francisco Esperança foi encontrado na sexta-feira na cela do Estabelecimento Prisional de Lisboa, para onde tinha sido transferido na tarde do dia anterior, por alegada falta de condições de segurança na cadeia de Beja.

O Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa revelou na própria sexta-feira que recebeu a participação da morte do alegado homicida de Beja e ordenou a imediata instauração de um inquérito para a realização de autópsia.

A Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) também abriu um inquérito para apurar o que aconteceu na cela do alegado homicida e o Ministério Público anunciou que iria igualmente averiguar as circunstâncias em que ocorreu a morte.

O diretor-geral dos Serviços Prisionais, Rui Sá Gomes, disse que o preso tinha sido transferido para Lisboa por razões de segurança e que estava numa ala de «vigilância acrescida». De acordo com a DGSP, o recluso foi observado pelo enfermeiro de serviço à chegada e estava «calmo, consciente e orientado».

Francisco Esperança, um antigo bancário de Beja, de 59 anos, foi detido por suspeitas de ter assassinado com uma catana a mulher, a neta e a filha.

Após a detenção, elementos da PSP entraram na casa, na rua de Moçambique, em Beja, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro, cujos funerais se realizaram na última quarta-feira à tarde.

O homem, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhou, incorria numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três crimes de homicídio.
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