Cardeal Saraiva Martins acredita que novo Papa pode revolucionar a Igreja - TVI

Cardeal Saraiva Martins acredita que novo Papa pode revolucionar a Igreja

D. Saraiva Martins em entrevista à TVI em Roma

Clérigo português defende mais «diálogo» na Igreja

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O cardeal português José Saraiva Martins acredita que o papa Francisco é a escolha certa para promover o diálogo e as «reformas» necessárias dentro da Igreja Católica a um melhor funcionamento das instituições católicas.

O antigo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos considera que há «algumas reformas bastante urgentes» e dá como «exemplo» a necessidade de existir «mais diálogo» entre o Papa e os diferentes órgãos eclesiais.

Para o cardeal português, que não votou nesta eleição por ter mais de 80 anos, as primeiras intervenções do novo papa podem ser sinal de que o argentino quer implementar «a revolução que o mundo espera da Igreja», sendo sinal disso a escolha do nome, em homenagem a «Francisco de Assis».

Agora, o purpurado espera que uma modernização da Cúria Romana e dá mesmo uma sugestão: «Antes havia uma norma que obrigava os presidentes das congregações romanas a terem uma audiência pessoal com o Papa, uma vez por mês: seria uma coisa muito boa».

O cardeal português descreve o sucessor de Bento XVI como um «homem extraordinário», que «sempre» demonstrou ser «um grande pastor, como sacerdote e como bispo, e portanto vai ser um ótimo pastor como Papa também».

No entender do cardeal português de 81 anos, «o que a Igreja mais precisa» é de alguém «que esteja junto das suas ovelhas, do Povo de Deus» e o Papa argentino irá «estar sempre pertinho das suas ovelhas, para anunciar o Evangelho».

O antigo arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, foi escolhido na quarta-feira como o novo Papa da Igreja Católica, depois de um Conclave que contou com a participação de 115 eleitores, incluindo dois português: o cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, e Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.

Natural da Guarda, Saraiva Martins está em Roma há mais de 50 anos, e integra estruturas da Santa Sé como a Congregação para os Bispos e a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos.

Quanto ao futuro, o cardeal diz que vai continuar em Roma, segundo a indicação que recebeu da Santa Sé.

«Fiquei aqui porque o Papa me mandou, tive sempre como principio na minha vida eclesial nada pedir e nada recusar, e cá ficarei», conta a Lusa.
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