Agente do SIS detido em Roma interrogado por juiz na terça-feira - TVI

Agente do SIS detido em Roma interrogado por juiz na terça-feira

Vendia informações secretas aos russos por 10 mil euros

Frederico Carvalhão Gil, de 57 anos, foi detido em flagrante delito, em Roma, a vender informações da NATO a um espião russo detentor de passaporte diplomático no âmbito da operação "Top Secret"

O agente do Serviço de Informações de Segurança (SIS) detido em Roma vai ser presente na terça-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Central de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação, avança a Lusa que cita fonte judicial..

O espião português aterrou em Lisboa no domingo à noite, depois de a justiça italiana – designadamente o Corte d’Appello di Roma - ter autorizado a extradição do agente do SIS para Portugal em cumprimento de um mandado de detenção europeu.

Frederico Carvalhão Gil, de 57 anos, foi detido em flagrante delito, em Roma, a vender informações da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) a um espião russo detentor de passaporte diplomático no âmbito da operação "Top Secret", que terminou a 22 de maio, segundo a PJ.

O primeiro interrogatório judicial deverá ter início na manhã de terça-feira.

A investigação envolveu o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da PJ, que deslocou investigadores a Itália, com a colaboração da Policia de Stato, de Itália - Divisione Investigazioni Generali e Operazioni Special (DIGOS), da Interpol Roma e da Eurojust.

Em causa estão crimes de espionagem, violação de segredo de Estado, corrupção e branqueamento relacionados com suspeitas de transmissão de informações, a troco de dinheiro, por parte do funcionário do SIS ao agente dos serviços de informações russos.

Na sequência das detenções em Roma do agente do SIS e do espião russo foram também realizadas buscas domiciliárias em Portugal.

O agente dos serviços secretos russos também foi detido pelas autoridades italianas, mas na quinta-feira a Procuradoria-Geral da República ainda não tinha conhecimento de que tivesse sido proferida qualquer decisão pelas autoridades italianas.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE