Jovens portugueses são os que fumam menos - TVI

Jovens portugueses são os que fumam menos

Cigarros

Resultados de estudo comparativo de consumos de álcool, tabaco e outras drogas revelado esta quinta-feira

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Os estudantes portugueses de 15 e 16 anos são dos jovens europeus que menos fumam cigarros, segundo um estudo que compara os consumos de álcool, tabaco e outras drogas naquelas idades em 35 países, noticia a agência Lusa.

O ESPAD/2007, que se realiza a cada quatro anos e é esta quinta-feira apresentado publicamente em todos os países participantes, analisa ainda a evolução desses consumos desde 1995, em cada país e no contexto europeu.

Em Portugal - assim como na Arménia, Chipre, Grécia, Islândia, Portugal e Roménia - o consumo global de tabaco, álcool e drogas por estudantes de 15 e 16 anos situa-se abaixo da média do conjunto dos países analisados. Já em países como a Áustria, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Eslováquia e Reino Unido o consumo é superior à média.

Em média, 58 por cento dos estudantes de todos os países relatou já ter fumado cigarros pelo menos uma vez e 29 por cento assumiu tê-lo feito nos últimos 30 dias. Destes, dois por cento tinham fumado pelo menos um maço de cigarros diariamente no mês anterior.

Áustria, Bulgária, República Checa e Letónia registam a maior prevalência de consumo de tabaco entre estes jovens, com percentagens na ordem dos 40 a 45 por cento, enquanto Portugal, Arménia, Islândia e Noruega são os que tem menor consumo (07 a 19 por cento).

Não existe padrão geográfico óbvio

Segundo o estudo, não existe nenhum padrão geográfico óbvio, mas destaca que os estudantes da Europa Central e do Leste revelam taxas mais elevadas de consumo de tabaco.

Já relativamente ao álcool, dois terços dos estudantes inquiridos nos 35 países bebeu pelo menos uma vez durante a sua vida.

O estudo destaca ainda que o consumo de grandes quantidades de álcool num curto espaço de tempo («binge drinking») aumentou entre 1995 e 1999 e entre 2003 e 2007, especialmente entre as raparigas, quando tradicionalmente era um hábito que se centrava mais nos rapazes.

Este tipo de consumo é uma tendência crescente na Croácia, República Checa, Malta, Portugal e Eslováquia. Segundo o estudo, o aumento mais pronunciado entre 2003 e 2007 verificou-se em Portugal, onde passou de 25 para 56 por cento.

Outros países com aumentos grandes deste tipo de consumo foram Polónia, França, Croácia e Bulgária.

Acesso facilitado à droga

Já no que respeita à cannabis, o estudo revela que um terço dos jovens tem acesso facilitado a esta droga. Ao contrário, as anfetaminas e o ecstasy parecem ser menos acessíveis.

Em média, 23 por cento dos rapazes e 17 por cento das raparigas daquelas idades já experimentaram drogas ilícitas pelo menos uma vez, de acordo com o estudo.

O uso de drogas ilícitas varia consideravelmente de país para país. Quase metade (46 por cento) dos estudantes da República Checa afirmou usá-las, assim como um terço dos estudantes de França, Eslováquia e Suíça.

A maioria dos estudantes que experimentou drogas ilícitas consumiu cannabis. O ecstasy, a cocaína e as anfetaminas seguem em segundo lugar (três por cento cada).

O estudo analisou também o consumo dos chamados «cogumelos mágicos» e de esteróides anabolizante. Três por cento dos estudantes dos 35 países em análise afirmaram consumir aquele tipo de cogumelos e um por cento os esteróides.
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