Corrupção com políticos aumenta - TVI

Corrupção com políticos aumenta

  • Portugal Diário
  • 26 set 2007, 17:44

Este ano, os funcionários públicos e políticos estão mais corruptos

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A corrupção entre funcionários públicos e políticos em Portugal aumentou no último ano, colocando o país em 28º lugar, num ranking de 180 nações analisadas no relatório, de 2007, da organização não-governamental Transparency Internacional.

Portugal desceu dois lugares em relação ao relatório do ano passado, passando de 26º para 28º lugar, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparency Internacional (TI), que classifica os países segundo o eventual grau de corrupção no sector público, tendo por base informações recolhidas e tratadas nos dois últimos anos por diversas instituições independentes, escreve a Lusa.

Apesar da TI alertar para o facto de a descida no ranking poder não significar um eventual aumento de corrupção, até porque este ano o estudo avaliou mais 17 países do que no ano passado, a verdade é que a classificação atribuída a Portugal também baixou.

Numa pontuação de zero (altamente corrupto) a dez, Portugal passou de 6,6 para 6,5, de acordo com as «informações obtidas em sondagens a especialistas e empresas realizadas por 12 instituições independentes e creditadas», refere o documento disponível desde hoje na Internet.

A organização não-governamental explica que o Índice de Percepção de Corrupção pretende demonstrar o nível de abuso do serviço público para benefício particular, através de práticas como subornos a funcionários públicos, pagamentos irregulares nas contratações públicas ou a solidez de políticas anti-corrupção administrativa e política.

Segundo a TI, é cada vez mais flagrante a diferença dos níveis de percepção de corrupção entre os países ricos e os países pobres: «É patente a forte relação entre corrupção e pobreza».

Quarenta por cento dos países com uma pontuação inferior a três (sinal de corrupção desenfreada) estão classificados pelo Banco Mundial como nações de baixos recursos.

Advertindo para o facto de não se poder falar em «país mais corrupto do mundo», uma vez que foram analisadas apenas 180 das 200 nações soberanas, a TI coloca no fim da lista, com 1,4 pontos, Myanmar (antiga Birmânia) e Somália, país analisado pela primeira vez este ano.

Além da Somália, a listagem deste ano avalia outros 16 novos países, entre os quais três africanos de língua oficial portuguesa (PALOP): Cabo Verde (4,9), São Tomé e Príncipe (2,7) e Guiné-Bissau (2,2).

Consciente de que as baixas pontuações do IPC «indicam que as instituições públicas estão expostas a graves perigos», a TI defende a necessidade de melhorar a transparência na gestão financeira e de pôr fim à impunidade dos funcionários corruptos.
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