Rui Vilar eleito com "voto unânime" para Conselho de Fundadores de Serralves - TVI

Rui Vilar eleito com "voto unânime" para Conselho de Fundadores de Serralves

  • Atualizada às 22:25
  • 5 dez 2018, 21:36
Rui Vilar

Ex-presidente da Fundação Gulbenkian substitui na presidência Luís Braga da Cruz. Autarca portuense espera que seleção de novo diretor artístico já esteja em curso

O ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian Emílio Rui Vilar foi eleito esta quarta-feira, "com o voto unânime", presidente do Conselho de Fundadores de Serralves, no Porto, substituindo no cargo Luís Braga da Cruz, anunciou a Fundação.

Rui Vilar, ex-presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (1989-1995), e ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012), foi hoje eleito "com o voto unânime dos seus pares para o triénio 2019-2021", sucedendo a Luiz Braga da Cruz, lê-se no comunicado da Fundação Serralves, distribuído esta noite aos jornalistas, após a reunião anual do Conselho de Fundadores de Serralves, que teve a presença de "mais de uma centena de fundadores".

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, membro do Conselho Superior da Universidade Católica Portuguesa, Emílio Rui Vilar foi fundador e primeiro presidente da SEDES (1970-1972), secretário de Estado do Comércio Externo e Turismo do I Governo Provisório (1974), ministro da Economia dos II e III Governos Provisórios (1974-1975), e ministro dos Transportes e Comunicações do I Governo Constitucional (1976-1978).

Rui Vilar foi ainda vice-governador do Banco de Portugal (1975-1984), diretor-geral da Comissão das Comunidades Europeias, em Bruxelas (1986-1989) e Comissário Geral da Europália-Portugal (1989-1992).

Na reunião, o Conselho de Administração de Serralves, presidido por Ana Pinho, manifestou o seu "profundo agradecimento a Luís Braga da Cruz, pela dedicação empenhada que desde o primeiro dia devotou a Serralves", e que evocou razões pessoais para se afastar.

Na reunião do Conselho de Fundadores de Serralves, que decorreu no auditório de Serralves, foi ainda apresentando o plano de atividades para o próximo ano de 2019 e foi feito o balanço de 2018.

Novo diretor artístico

O processo de seleção de um novo diretor artístico para o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, com um "currículo internacional reconhecido, está em curso", segundo disse o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

O processo de seleção de um diretor artístico com um currículo internacional reconhecido já estará em curso neste momento”, declarou Rui Moreira, que esteve a representar a Câmara Municipal do Porto na reunião anual do Conselho de Fundadores de Serralves, que decorreu esta noite no Porto, onde foi eleito Emílio Rui Avelar para novo presidente do Conselho de Fundadores de Serralves.

O anterior diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, João Ribas, demitiu-se em setembro da função que exercia, alegando “violação continuada" da sua "autonomia técnica e artística", e porque "nenhuma direção artística deve ser alvo de sistemáticas ingerências".

Pelo que percebi, não haverá concurso, porque, para acelerar, presumo que seja uma dessas empresas de ‘headhunters’ [recrutadores] internacionais, especializada nesta matéria, o que não é anormal noutros museus. Não tem de ser um concurso tradicional”, declarou Rui Moreira, acrescentando que depreendeu da reunião desta noite, com os fundadores de Serralves e com o Conselho de Administração, que a instituição “já está a trabalhar” para arranjar um novo diretor artístico.

O presidente do Conselho de Fundadores cessante, Luís Braga da Cruz, referiu que teria falado com alguns fundadores que tinham achado que não era urgente ter reunido, acrescentou Rui Moreira, que na altura da demissão de João Ribas pediu uma reunião urgente daquele órgão.

O que tinha para dizer disse na altura e voltei a repetir hoje. Entendo que muito do ruído de fundo que sucedeu podia ter sido obviado se os fundadores cá tivessem vindo então dizer aquilo que disseram hoje (…), onde manifestavam uma preocupação que eu tinha tido em setembro. Se nós o tivéssemos feito, não só isso teria dado respaldo ao Conselho de Administração, como teria, acima de tudo, evitado um conjunto de rumores e dúvidas que até hoje se levantavam”.

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