Como uma família portuguesa se preparou para o Irma - TVI

Como uma família portuguesa se preparou para o Irma

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  • 10 set 2017, 21:13

Mantimentos suficientes para três semanas, água armazenada, um gerador e a casa protegida contra o vento foram algumas das precauções tomadas pela família de Sílvia Lima Pereira, residente em Miami

Mantimentos suficientes para três semanas, água armazenada, um gerador e a casa protegida contra o vento foram algumas das precauções tomadas pela família da emigrante portuguesa Sílvia Lima Pereira, residente em Miami, quando se aproxima o furacão Irma.

Sílvia Lima Pereira vive com o marido e o filho em Miami Lakes, uma zona em relação à qual as autoridades não deram ordem de evacuação, e está a acolher na sua casa, desde quinta-feira, o irmão, a cunhada e o sobrinho, que vivem em North Bay Village, na zona norte da cidade e mais perto do mar.

Em declarações à agência Lusa por telefone, cerca das 13:30 em Miami (18:30 em Lisboa), a emigrante portuguesa relatou que desde este domingo de manhã não há luz.

Àquela hora, o vento soprava com rajadas “bastante fortes” e já se notavam estragos nas ruas, como “árvores caídas e muitas coisas partidas”, mas a portuguesa explicou que o furacão só esperado naquela região ao cair da noite de hoje, prevendo-se que o pico se prolongue até cerca da meia-noite local.

O marido de Sílvia chegou a Miami há 25 anos, após a passagem do furacão Andrew, um dos mais devastadores que atingiram os Estados Unidos, em 1992, e, por isso, “já tem experiência” a lidar com este fenómeno.

Uma experiência que permitiu, agora, tomar uma série de precauções: a casa, uma moradia de dois pisos, já foi construída de forma a ser mais resistente a estes fenómenos, e colocaram uma espécie de estores metálicos para proteger a habitação.

Aqui sentimo-nos seguros, não sentimos a vibração causada pelo vento”, descreveu.

Além disso, Sílvia e a família compraram mantimentos suficientes para duas ou três semanas, encheram banheiras e recipientes com água e têm um gerador e uma bomba para retirar água em caso de inundação, além de velas, lanternas e pilhas.

A emigrante estima que o irmão possa regressar à sua casa a partir de terça-feira, altura em que esperam que a vida comece a voltar à normalidade.

Já avisaram que segunda e terça-feira não há escola. A vida não vai voltar ao normal até então”, comentou.

Cerca de 70 mil portugueses estão registados nos serviços consulares como residentes no estado norte-americano da Florida.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos prevê que na segunda-feira à tarde o furacão se desloque para o norte da Florida e sudoeste da Geórgia.

Apesar do seu "enfraquecimento", a tempestade irá permanecer como "um furacão poderoso enquanto se move e atravessa a costa oeste da Florida".

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