Proteção Civil: vem aí vento forte, mar agitado e chuva - TVI

Proteção Civil: vem aí vento forte, mar agitado e chuva

  • 13 out 2018, 14:29

Furacão Leslie deverá afetar a partir do fim da tarde a costa entre Sines e Leiria, começando pela área metropolitana de Lisboa

Ventos fortes, agitação marítima e chuva são os principais receios da Proteção Civil para a passagem do furacão Leslie por Portugal, recomendando-se que a população se afaste das zonas costeiras e proteja pessoas e bens.

O furacão Leslie deverá afetar a partir do fim da tarde a costa entre Sines e Leiria, começando pela área metropolitana de Lisboa.

O comandante Belo Costa, da Autoridade de Proteção Civil, disse aos jornalistas que no período crítico, entre as 23:00 de sábado e as 04:00 de domingo, a recomendação é mesmo não sair de casa e evitar completamente o trânsito em zonas costeiras.

Prevê-se para esse período o pico do mau tempo, com ventos médios entre os 70 e os 80 quilómetros por hora e possíveis rajadas de 120 quilómetros por hora.

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O conselho é mesmo “tentar ao máximo evitar andar na rua”, afirmou Belo Costa, salientando que as zonas costeiras serão as mais afetadas.

Se não houver alternativa, o conselho é “procurar alternativas seguras” às estradas perto do mar entre Sines, no litoral alentejano, e Leiria, no Centro.

Pelo risco de queda de árvores, recomenda-se também que não se esteja em áreas arborizadas nem se deixem carros estacionados debaixo de árvores.

Belo Costa registou que “ainda há tempo” de prender estruturas que possam ser levadas pelo vento, como os equipamentos da época balnear que ainda estão montados nas praias.

O dispositivo coordenado pela Proteção Civil ainda está reforçado, por ainda durar o período crítico de incêndios florestais, e alguns meios estão a ser retirados do interior, onde o furacão não deverá sentir-se tanto.

É o caso de dois destacamentos da Força Especial de Bombeiros, colocados em prevenção em Almeirim (distrito de Santarém) e Lourinhã (distrito de Lisboa) , caso seja preciso vir ajudar Lisboa.

O responsável da Proteção Civil alertou ainda que o risco de fogo persiste e que o vento forte que chegará ao fim da tarde o agrava.

A população deve ficar ainda atenta aos avisos difundidos pelas autoridades e para o que for sendo noticiado na comunicação social.

Pescadores em terra

A Autoridade Marítima Nacional alertou também para o agravamento do estado do tempo no final do dia, recomendando à comunidade piscatória que se encontra no mar para regressar ao porto de abrigo mais próximo.

Em comunicado, as autoridades - Marinha e Autoridade Marítima Nacional - referem que a previsão do estado do mar e do vento prevê um agravamento das condições meteorológicas e oceanográficas na costa oeste de Portugal continental, nomeadamente entre o cabo Espichel (Sesimbra) e o cabo Mondego (Figueira da Foz), entre a meia-noite de sábado e a noite de domingo.

Segundo o comunicado, a agitação marítima será caracterizada por ondulação e vaga desordenada, com altura significativa que poderá ultrapassar os seis metros de altura e 10 metros de altura máxima.

O vento poderá registar velocidades superiores a 80 km/h e rajadas acima de 120 km/h.

Desta forma, as autoridades reforçam a recomendação, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para “o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução”.

É também recomendado o “reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas, bem como evitar passeios junto ao mar”, nomeadamente “os molhes das entradas das barras e zonas nas praias junto à água”.

Pesca à cana

Aos pescadores lúdicos de pesca à cana as autoridades aconselham “cautela, evitando pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras”.

À população em geral, que frequente as zonas costeiras, as autoridades aconselham que se abstenham da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que assumam uma postura preventiva não se expondo desnecessariamente ao risco.

Caso exista absoluta necessidade de se deslocar até à orla costeira, deverá manter uma atitude vigilante e ter sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”, refere o comunicado.

Aviso vermelho

O IPMA colocou 13 distritos sob aviso vermelho por previsão de vento forte, e alguns também por agitação marítima, consequência da passagem por território continental do furacão Leslie.

Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu e Guarda e Santarém são os distritos sob aviso vermelho, segundo as informações disponíveis na página na internet do IPMA.

O furacão Leslie vai atingir o território continental já como depressão pós-tropical, mas com ventos com “intensidades equivalentes a uma tempestade tropical”, com rajadas acima dos 130 Km/hora, mas que podem atingir máximos históricos de 180/190 km/hora, segundo disse à Lusa o meteorologista do IPMA, Nuno Moreira.

  • Se tem imagens do mau tempo, envie para euvi@tvi.pt ou através da App da TVI24

Ventos fortes, agitação marítima e chuva são os principais receios da Proteção Civil para a passagem do furacão Leslie por Portugal, recomendando-se que a população se afaste das zonas costeiras e proteja pessoas e bens.

O comandante Belo Costa, da Autoridade de Proteção Civil, disse aos jornalistas que no período crítico, entre as 23:00 de sábado e as 04:00 de domingo, a recomendação é mesmo não sair de casa e evitar completamente o trânsito em zonas costeiras.

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