ProToiro: ligar tauromaquia ao processo contra cavaleiro João Moura é abusivo e "má-fé" - TVI

ProToiro: ligar tauromaquia ao processo contra cavaleiro João Moura é abusivo e "má-fé"

  • BC
  • 23 fev 2020, 13:58

Em comunicado, a ProToiro reconhece a carreira excecional conseguida pelo cavaleiro tauromáquico João Moura, e defende que "não se pode confundir uma pessoa com um setor"

A ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia disse hoje repudiar qualquer ato ilegal que se comprove ter sido cometido pelo cavaleiro João Moura e considerou abusiva qualquer tentativa de ligação com a tauromaquia, toureiros e aficionados.

Em comunicado a ProToiro reconhece a carreira excecional conseguida pelo cavaleiro tauromáquico João Moura, e defende que "não se pode confundir uma pessoa com um setor que envolve uma grande fatia da sociedade portuguesa, entre profissionais e aficionados".

Agora deve aguardar-se o funcionamento da justiça. Qualquer tentativa de ligação entre os alegados comportamentos em causa, com a tauromaquia, toureiros e aficionados é abusiva e é de má-fé", refere a associação.

No sábado também a Associação Nacional de Toureiros considerou "irresponsável e indigna" qualquer tentativa de ligar a tauromaquia, toureiros e aficionados ao caso de maus tratos a animais alegadamente cometidos pelo cavaleiro tauromáquico João Moura.

Em comunicado, a associação referiu apoiar a lei vigente, com um respetivo regime sancionatório sobre maus tratos a animais de companhia e que repudia qualquer ilícito desta ordem que venha a provar-se ter sido cometido por João Moura ou qualquer outro cidadão.

A Associação Nacional de Toureiros alertou, contudo, que as atitudes pessoais não podem ser confundidas com a classe profissional a que este pertence, defendendo que “qualquer tentativa de ligar a tauromaquia, toureiros e aficionados a este tipo de comportamentos é irresponsável e indigna”.

O cavaleiro tauromáquico João Moura foi detido na quarta-feira na sequência do cumprimento de um mandado de busca à sua propriedade, em Monforte, que resultou, ainda, na apreensão de 18 cães.

Presente no mesmo dia a tribunal, para ser interrogado, foi-lhe imposto termo de identidade e residência, a medida de coação menos grave e que obrigatoriamente é aplicada a um arguido.

Entretanto a organização SOS Animal anunciou que vai constituir-se assistente no processo criminal contra o cavaleiro tauromáquico João Moura.

Em comunicado, a organização assinala que João Moura, "identificado como o maior criador de galgos do país, é um dos principais promotores de corridas de cães em Portugal", tendo sido constituído arguido pelo crime de maus-tratos a cães galgo que cria, vende e usa em corridas.

A organização lançou em outubro a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela Proibição das Corridas de Cães em Portugal, que conta com mais de 11 mil assinaturas.

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