TGV: Roseta contra estação na Gare do Oriente - TVI

TGV: Roseta contra estação na Gare do Oriente

Roseta fala aos apoiantes - Foto Mário Cruz/Lusa

Debate promovido pela Associação de Desenvolvimento do Transporte Ferroviário

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A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa Helena Roseta criticou esta quinta-feira a escolha do Governo de localizar na Gare do Oriente a Estação Central de Lisboa, que vai receber os comboios de alta velocidade, noticia a Lusa.

Num debate promovido pela Associação de Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER), na Sociedade Geográfica de Lisboa, Roseta considerou que a decisão do Governo «não tem uma visão estratégica nacional» e «foi tomada ao contrário», à semelhança do que aconteceu com o aeroporto da OTA.

«Primeiro decidiu-se, depois debateu-se e depois estudou-se. O Governo parece que assinou a proposta espanhola de Alta Velocidade sem fazer o trabalho de casa. Primeiro estuda-se, depois debate-se e por último decide-se - mas aqui tudo foi feito ao contrário», afirmou a vereadora do Movimento Cidadãos por Lisboa, que disse «falar como cidadã».

Helena Roseta criticou ainda «a falta de estudos de impacte ambiental das obras de ampliação da estação do Oriente para acolher a Alta Velocidade» e a atribuição do projecto ao Arquitecto Santiago Calatrava, autor da Gare do Oriente original, «sem um concurso público internacional».

A opção pela Gare do Oriente foi também criticada pela Associação de Desenvolvimento do Transporte Ferroviário, que preferia que a Estação Central de Lisboa se localizasse em Chelas, pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), António Fonseca Ferreira, e pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), ambos a advogarem a solução na Portela.

O único defensor da solução Gare do oriente foi o administrador da Rede de Alta Velocidade (RAVE), Carlos Fernandes, que sublinhou os estudos que a empresa realizou ao longo dos últimos sete anos e que apontaram essa localização como a melhor.

«A Rede de Alta Velocidade estudou ao longo dos últimos sete anos nove localizações (aeroporto, Olaias, Oriente, Entre-campos, entre outras). No final foram seleccionadas duas, Oriente e Olaias, e chegou-se à conclusão que a primeira era mais vantajosa porque tinha menos túneis, era mais barata, aproveitava uma infra-estrutra existente e se inseria em zona de potencial de desenvolvimento grande, porque está ligada ao metropolitano e comboio», afirmou.

Além disso, segundo o administrador da Rede, «da estação do Oriente ao novo aeroporto serão 20 minutos em serviço directo, como está definido».
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