Pai de Maddie não depõe no julgamento de Gonçalo Amaral - TVI

Pai de Maddie não depõe no julgamento de Gonçalo Amaral

A sessão na 1.ª Vara Cível de Lisboa, no Palácio da Justiça, acabou por não se realizar, por decisão da juíza Maria Emília Melo e Castro, após um pedido do advogado de Gonçalo Amaral

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O julgamento de hoje do processo interposto pela família de Madeleine McCann contra o ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral foi cancelada, pelo que o pai da criança, desaparecida no Algarve, em 2007, não prestou depoimento.

A sessão na 1.ª Vara Cível de Lisboa, no Palácio da Justiça, acabou por não se realizar, por decisão da juíza Maria Emília Melo e Castro, após um pedido do advogado de Gonçalo Amaral, acusado de difamação pelos pais de Madeleine, Gerry e Kate McCann.

Segundo fonte judicial, o advogado pediu ao tribunal para que o julgamento prosseguisse a 2 de outubro, de manhã e de tarde, devido «a operação cirúrgica do filho».

A anulação da sessão de hoje inviabilizou que Gerry McCann pudesse prestar declarações em tribunal, ao abrigo do novo Código do Processo Civil, em vigor desde 01 de setembro deste ano.

Também impossibilitou que a irmã do pai de Madeleine McCann, que viajou na manhã de hoje para Lisboa na companhia de Gerry, fosse inquirida como testemunha de acusação.

Nesta ação cível, o casal McCann pede uma indemnização de 1,2 milhões de euros por alegada difamação do ex-inspetor da PJ, que investigou o desaparecimento de Madeleine, a 03 de maio de 2007.

A família McCann recorreu a tribunal igualmente por considerar que foram violados direitos, liberdades e garantias.

No livro «Maddie: A Verdade da Mentira», da autoria de Gonçalo Amaral, o ex-inspetor da PJ defende a tese de envolvimento de Kate e Gerry no desaparecimento da filha, com ocultação de cadáver.

Em processo conexo, o casal McCann apresentou uma providência cautelar para proibir a comercialização do livro e do vídeo com o mesmo título, baseado num documentário exibido na TVI.

Em janeiro de 2010, a 7.ª Vara Cível de Lisboa decidiu impedir que o livro de Gonçalo Amaral e o vídeo se mantivessem excluídos do mercado.

No recurso, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a sentença a 19 de outubro de 2010, após o qual Kate e Gerry McCann recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça, que confirmou a decisão a 18 de março de 2011.

Madeleine McCann desapareceu num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve, onde se encontrava de férias com os pais e os dois irmãos gémeos.

Kate e Gerry, que afirmaram sempre que a criança foi raptada, foram constituídos arguidos em setembro de 2007.

O processo foi arquivado por falta de provas, em julho de 2008, embora o Ministério Público admita a reabertura se surgirem dados novos sobre o desaparecimento da criança, reporta a Lusa.
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