Melhor professor do ano diz que "a distração faz parte da aprendizagem" - TVI

Melhor professor do ano diz que "a distração faz parte da aprendizagem"

  • BC
  • 7 mai 2019, 12:27

Rui Correia é professor de História na Escola Básica de Santo Onofre, Caldas da Rainha. Ganhou o Global Teacher Prize Portugal porque encontrou formas de manter os alunos atentos na sala de aula

Rui Correia é o grande vencedor da segunda edição do Global Teacher Prize Portugal 2019. O professor de História na Escola Básica de Santo Onofre, Caldas da Rainha, foi distinguido pelas técnicas que encontrou para manter os alunos atentos na sala de aula, seja através de resumos ao final de cada 15 minutos de matéria dada, ou pedindo aos estudantes que lhe digam o que acharam mais interessante de cada bloco de matéria dada. 

Esta manhã, na TVI24, Rui Correia frisou que "a distração faz parte da aprendizagem" e que, por isso, decidiu concentrar esforços em técnicas que captem a atenção dos estudantes. "Tenho de ser interessante com os meus alunos". 

Admitiu que encara "cada aula como uma conferência, no sentido interativo", explicando: "Comecei a perceber que não era mau orador. Sei que soa muito imodesto, mas preparava bem as minhas aulas e continuava a ter alunos ensonados, desatentos. E partia do princípio que havia sempre ali qualquer coisa com o aluno, deitou-se tarde, não dormiu horas suficientes".

Foi então que Rui Correia decidiu fazer alterações, até porque havia alunos que "nunca estavam atentos". A alteração, explica, passou por "uma coisa muito básica": encarar o estudo como algo que não é só "coisa de escola, tem a ver com a questão da aprendizagem. Tudo é estudar, não há rigorosamente nada que não tenhamos o direito de não querer saber".

O professor das Caldas da Rainha, que foi nomeado por antigos alunos para o prémio de melhor professor do ano em Portugal, diz ainda que vê "muita curiosidade" nos estudantes e que há algum exagero nas dificuldades que os alunos sentem na relação com o estudo. 

Sobre a recuperação integral do tempo de serviço dos professores, diz apenas que é "especialista em sala de aula e não comentador político", pelo que prefere deixar a análise do que considera "um problema político" para os especialistas.

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