Gondomar: condutor baleado em estado grave - TVI

Gondomar: condutor baleado em estado grave

Estrada (Arquivo)

GNR mandou parar condutor em operação Stop, mas este pôs-se em fuga e foi baleado

O homem baleado este sábado na cabeça pela GNR em Gondomar encontra-se no serviço de emergência do Hospital de São João, no Porto, em estado muito reservado.

«Continua na sala de emergência e o seu estado é muito reservado», disse à Lusa uma fonte do hospital.

De acordo com o tenente-coronel Costa Lima, da GNR, o homem foi baleado depois de alegadamente tentar atropelar dois agentes, numa tentativa de fuga a uma operação STOP.

O responsável da GNR explicou que o condutor de 25 anos terá ignorado a ordem de parar dada pela patrulha da GNR, que estava estacionada na «Rotunda, no final da A43».

Condutor foge em operação Stop e é baleado pela GNR

«Os militares mandaram parar a viatura que não respeitou o sinal e tentou atropelar dois militares que tiveram que fugir para a berma», explicou Costa Lima, acrescentando que após a fuga houve uma perseguição «com pirilampos e sirenes ligadas» em torno da cidade de Gondomar que durou cerca de 20 minutos.

Os dois indivíduos que seguiam no carro em fuga acabaram por ficar encurralados numa rua de Gondomar sem saída, situação que permitiu que os militares parassem a sua viatura ao lado para pedir as respectivas identificações.

«Nessa altura, os dois indivíduos fizeram um movimento brusco de marcha atrás e os militares sentiram-se em risco, tendo um deles feito quatro disparos na tentativa de imobilizar a viatura», afirmou, acrescentando que um dos tiros atingiu o condutor na zona da cabeça.

O militar que atingiu o condutor tem 30 anos e «muita experiência», segundo palavras do tenente-coronel.

Este é pelo menos o quarto caso, desde Outubro de 2006, em que efectivos da GNR da área da Grande Porto atingiram civis a tiro.

A 03 de Outubro de 2006, um soldado da GNR fez seis disparos em direcção ao carro onde seguiam quatro jovens, na sequência de uma perseguição automóvel que começou nas Guardeiras, na Maia, e terminou na Avenida da Boavista, no Porto.

O militar decidiu requerer a instrução de um processo judicial, em que é acusado de homicídio, e enfrenta um processo disciplinar, que corre na Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) e que aponta para a reforma compulsiva do agente da GNR.

Cinco dias depois, uma perseguição policial de uma brigada do dispositivo territorial da GNR terminou em Grijó, Gaia, com disparos dos militares que feriram dois dos três ocupantes da viatura.

Já em 09 de Junho deste ano, um homem foi baleado após perseguição da Brigada de Trânsito, que terminou em Baguim do Monte, Gondomar.
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