Forças especiais da PSP processam Estado por não terem recebido suplemento em missão de guerra - TVI

Forças especiais da PSP processam Estado por não terem recebido suplemento em missão de guerra

  • BC
  • 20 ago 2019, 10:02
Treino do Grupo de Operações Especiais e  do Corpo de Intervenção da PSP (Foto Lusa/André Kosters)

Elementos do Grupo de Operações Especiais da Polícia de Segurança Pública que estiveram no Chade e República Centro-Africana alegam não ter recebido 15 mil euros cada um por participarem numa missão em cenário de guerra

Há 22 elementos do Grupo de Operações Especiais da Polícia de Segurança Pública que estão a processar o Estado por não lhes ter sido pago um suplemento de missão quando estiveram destacados no Chade e na República Centro-Africana, em missão de paz na ONU.

No total, 60 agentes foram mobilizados, mas apenas 36 receberam o suplemento por estarem em cenário de guerra. Os que não receberam avançaram com um processo contra o Estado por tratamento desigual, pedindo ao Tribunal Administrativo de Lisboa que lhes seja paga uma indemnização no montante de 324 mil euros, acrescida de juros, escreve o Jornal de Notícias esta terça-feira.

A missão no Chade e República Centro-Africana decorreu entre maio de 2008 e dezembro de 2010 e, segundo o JN, as duas primeiras equipas dos GOE, que ficaram durante seis meses, não receberam o suplemento de missão porque o então ministro da Administração Interna se atrasou a emitir o despacho sobre as condições de participação na Minurcat (Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana e no Chade). É esta, pelo menos, a alegação dos 22 queixosos, que pedem o valor que deveriam ter recebido: 15 mil euros cada um. 

O JN avança ainda que o Grupo de Operações Especiais da PSP dirigiu recentemente outras reivindicações ao Governo, através do diretor nacional da PSP: reclamam exames gratuitos e regulares para despistar a presença de materiais pesados no organismo, alegando que estão expostos a substâncias nocivas para a saúde porque disparam 500 tiros por mês, e pedem igualmente que a profissão seja classificada como de "desgaste rápido", ainda que tenha sido recentemente chumbada no parlamento uma proposta que previa esta classificação para todos os agentes da PSP.

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