Valentim Loureiro entre os acusados no caso Quinta do Ambrósio - TVI

Valentim Loureiro entre os acusados no caso Quinta do Ambrósio

Valentim Loureiro

Gondomar: em causa está uma operação de compra e revenda de um terreno

Valentim Loureiro integra um grupo de dez pessoas formalmente acusadas no âmbito do processo da Quinta do Ambrósio, em Gondomar, disse esta quarta-feira fonte do Ministério Público à agência Lusa.

Em causa está uma operação de compra e revenda de um terreno que, num ápice, deixou de estar na reserva agrícola para passar a ter capacidade construtiva, permitindo aos intervenientes um lucro de três milhões de euros.

A fonte do MP acrescentou que os arguidos foram já notificados, uma informação entretanto confirmada por Artur Marques, advogado de um dos co-arguidos.

Burla qualificada, participação económica em negócio, instigação à administração danosa e prevaricação são crimes imputados ao presidente da Câmara de Gondomar.

O vice-presidente da autarquia, José Luís Oliveira, é acusado dos mesmos crimes e ainda de branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e falsificação de documento.

Também os ex-administradores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto Oliveira Marques e Gonçalves Martins estão no processo, acusados por três crimes de administração danosa.

Os restantes arguidos são Jorge Loureiro (filho de Valentim Loureiro), o vereador de Gondomar Fernando Paulo e uma funcionária da autarquia, bem como os advogados António Araújo Ramos, Carlos Dias e Laureano Gonçalves.

O chamado caso da Quinta do Ambrósio reporta-se a um terreno baldio que pertencia à Reserva Agrícola Nacional (RAN) e que, de acordo com uma investigação da Polícia Judiciária, foi comprado em 2000 por um milhão de euros por José Luís Oliveira, (vice-presidente da Câmara de Gondomar), Laureano Gonçalves (ex-dirigente do Conselho de Arbitragem) e Jorge Loureiro, filho de Valentim Loureiro.

Seis dias depois, venderam-no à Sociedade de Transportes da Cidade do Porto por quatro milhões de euros, quando a propriedade era ainda RAN e não poderia ser usada pela STCP.

Mas os vendedores garantiram, no contrato-promessa de compra e venda, que se responsabilizavam a obter junto da câmara, liderada por Valentim Loureiro, a alteração do destino do prédio para que fosse desafectado da Reserva Agrícola Nacional.

A desafectação viria a consumar-se em Dezembro do ano seguinte.

Esta é a segunda acusação deduzida este mês contra Valentim Loureiro, depois de o autarca de Gondomar ter sido

Nos primeiros dias de Setembro, soube-se que Valentim Loureiro está acusado dos crimes de prevaricação e falsificação de documento no processo de construção de um complexo desportivo em Rio Tinto.
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