Fenprof faz piquenique à porta do Ministério da Educação - TVI

Fenprof faz piquenique à porta do Ministério da Educação

Dirigentes não desmobilizam até terem uma resposta para o pedido de reunião efetuado em dezembro

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Notícia atualizada às 17:43

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai insistir junto do Ministério da Educação, na avenida 5 de outubro, em Lisboa, numa resposta ao pedido de reunião que enviou à tutela em dezembro.

Depois de uma delegação de professores ter almoçado no átrio do Palácio das Laranjeiras, onde está instalado o gabinete do ministro, Nuno Crato, a Fenprof decidiu dirigir-se às instalações da 5 de outubro, para exigir uma resposta do chefe de gabinete.

O dia que marca o início de uma semana de «luto e luta» dos professores, começou com a colocação de faixas negras no gradeamento do Ministério da Educação e Ciência, à semelhança do que foi feito em centenas de escolas por todo o país.

Porém, o que deveria ter sido uma ação simbólica ganhou outras proporções quando os professores decidiram ir perguntar na portaria do ministério se a reunião pedida no ano passado já estava agendada.

A manhã passou e a resposta não chegou. Pelas 13:00, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, decidiu encomendar pizzas e refrigerantes, que os docentes partilharam no átrio do palácio e no espaço exterior.

A meio da tarde, a Fenprof emitiu um comunicado a anunciar a deslocação à avenida 5 de outubro.

A federação sindical pretende envolver os pais e a população em geral na «defesa da escola pública», através de várias ações de sensibilização a desenvolver ao longo da semana.

Durante a manhã, em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira questionava-se se, em Portugal, «ainda há ministro da Educação», reclamando a reunião pedida pela Fenprof.

Segundo a federação, as condições são cada vez piores na escola pública, tanto para os professores como para os alunos.

«Os pais nem se apercebem do que está a acontecer, deviam estar ao nosso lado», defendeu José Matias, com formação em Arquitetura e professor de Educação Visual numa escola secundária de Loures.

Com 30 alunos dentro de uma sala é «impossível dar uma aula prática» e responder às solicitações dos alunos, garantiu.

Por vezes, há alunos que «nem têm onde se sentar» e é necessário o professor «ceder a própria cadeira», relatou o docente.

Ao falar aos professores na Estrada das Laranjeiras, Mário Nogueira afirmou já só esperar que o Governo se demita.

À iniciativa da Fenprof juntaram-se também representantes do Movimento de Professores Contratados Desempregados.

Para o final da tarde, ficou decidida nova concentração em frente às instalações do ministério na avenida 5 de outubro.
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