Países da CPLP devem juntar-se para promover português - TVI

Países da CPLP devem juntar-se para promover português

CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

«Tem de haver mais envolvimento coletivo, global», diz o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas pediu hoje concertação e envolvimento dos países lusófonos, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na definição de «medidas concretas» para a promoção do português.

José Cesário afirmou que o Estado português tem desenvolvido políticas públicas para responder ao crescente «interesse na aprendizagem» da língua portuguesa, mas sustentou que este é um trabalho que exige um «esforço global dos países lusófonos».

«Tem de haver mais envolvimento coletivo, global, e sob o chapéu da CPLP, uma entidade que tem um potencial extraordinário que tem de ser aumentado. Estamos a ter uma excelente relação com os senhores embaixadores junto da CPLP e com governantes de outros países lusófonos e temos todas as razões para acreditar que é possível haver um maior envolvimento de todos neste esforço», referiu à Lusa, à margem de um encontro com representantes do Conselho das Comunidades Portuguesas.

O trabalho, defendeu o secretário de Estado das Comunidades, passa por «ações concretas» a desenvolver pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa - organismo que depende da CPLP -, em conjunto com entidades de cada país, nomeadamente o instituto Camões, em Portugal.

Com um envolvimento dos países, sustentou, é possível chegar a mais alunos.

Atualmente, aprendem português cerca de 150 mil alunos, divididos entre ensino superior e ensino básico e secundário, e existem 360 professores da língua.

«Precisamos de somar um esforço também de outros países lusófonos, para em vez de servirmos 150 mil alunos, podermos servir 500 mil», salientou Cesário.

«Temos de ter muita fé no futuro da lusofonia. Há mais falantes de português no mundo, há mais interesse no português, a nossa língua tem interesse económico, faz com que se crie uma autêntica economia do conhecimento em torno dela», defendeu.

O secretário de Estado manifestou-se confiante em que «os diversos responsáveis nos países lusófonos vão saber entender-se para desenvolver medidas muito concretas para atingir esses objetivos, preferencialmente no quadro da CPLP, mas também no plano bilateral».

A cooperação, acrescentou, é válida no plano da língua, mas também no que diz respeito à cultura.
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