“A DGS não precisa de aparecer, precisa de trabalhar” - TVI

“A DGS não precisa de aparecer, precisa de trabalhar”

Graça Freitas não quis comentar a demissão de Francisco Ramos e, sobre as polémicas na vacinação, disse que o seu lugar está sempre à disposição

A Diretora-Geral da Saúde admitiu que está afastada da comunicação da situação da pandemia em Portugal e que foram tomadas “outras opções” para esta fase.

“A DGS não precisa de aparecer, precisa de trabalhar. É uma fase, em que do ponto vista comunicacional, se tomaram outras opções, mas eu continuo a trabalhar como sempre.”

Graça Freitas acredita que “é apenas uma fase” e que a comunicação da situação pandémica “já teve muitas formas de existência, esta é uma delas”. 

Questionada sobre a demissão de Francisco Ramos da task force da vacinação contra a covid-19, a DGS não quis comentar e preferiu sublinhar como o plano está a correr bem.

“Somos um estado desenvolvido, com um SNS sólido, com a capacidade de mais uma vez nos reorganizarmos para dar resposta a um grande desafio. De um modo geral, está a correr bem, não nos vamos apegar ao que está a correr menos bem para denegrir o resto.”

Graça Freitas admitiu que os “erros”, "abusos" e “incumprimentos existem”, mas que as autoridades estão concentradas em “detetar e prevenir” estes casos.

"Já foram vacinadas 360 mil pessoas. Só não foram mais porque não há vacinas", acrescentou.

Sobre se o seu lugar também estará em causa perante as polémicas na vacinação, respondeu apenas: "Sou uma servidora pública, o meu lugar está sempre à disposição."

Os efeitos da pandemia na deteção dos cancros

Graça Freitas fez estas declarações numa ação de rastreio gratuito ao cancro da mama e aproveitou para abordar as "evidências" sobre os atrasos no diagnóstico dos cancros devido à pandemia.

"De facto, houve uma quebra assistencial muito importante, nomeadamente na prevenção, nas consultas de rotina, no controlo de doença crónica."

A DGS sublinhou que o último ano foi “muito complexo”, uma vez que “os serviços saúde tiveram de concentrar-se no ataque à pandemia”. Isso levou a que várias situações fossem “proteladas, remarcadas, adiadas”, também por “medos” dos doentes.

Daí Graça Freitas ter apelado aos portugueses para que “venham” aos serviços de saúde, que são “seguros”. “A vida não é só covid”, desabafou.

 

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