Adultos e crianças com mais de seis anos vão ter de usar máscara no pré-escolar e ATL - TVI

Adultos e crianças com mais de seis anos vão ter de usar máscara no pré-escolar e ATL

Informações avançadas pela Diretora-Geral de Saúde, na conferência de imprensa deste sábado

Todos os adultos que vão cuidar das crianças nas creches, quando os estabelecimentos reabrirem, a 18 de maio, vão ter de usar máscaras. Isso mesmo disse a Diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, este sábado, em conferência de imprensa, onde foi apresentado o boletim diário que mostra a evolução da propagação da pandemia de Covid-19 em Portugal. 

Obviamente, serão utilizados meios de proteção individual nas crianças acima dos seis anos de idade e de todos os adultos que vão cuidar delas", disse Graça Freitas, depois de questionada pelos jornalistas. 

Isto significa, confirmou a TVI24, que nas creches os educadores de infância e outros funcionários terão de usar máscara, bem como todos os adultos que trabalhem no pré-escolar e em Atividades de Tempos Livres (ATL). Já as crianças, terão de usar máscara só as que tiverem mais de seis anos.

O pré-escolar e ATL têm abertura prevista para 1 de junho.

Na conferência de imprensa, a Diretora-Geral de Saúde confirmou que estão a decorrer trabalhos, em parceria com o Ministério da Educação, “para programar de forma segura a continuação das atividades letivas nas creches e 10/12º ano.”

Uma das medidas a ser adotada nas creches “vai haver um plano de testagem dos educadores”.

A responsável sublinhou que haverá “um plano específico para cada idade”.

É muito importante, sem grande necessidade de mecanismos extraordinários, o reforço da limpeza de equipamentos e superfícies", registou

Autoridades de saúde vão reforçar monitorização de contactos de doentes  

A diretora-geral da Saúde anunciou também que vai haver um reforço da monitorização dos contactos dos doentes de Covid-19 e apelou aos cidadãos que saibam que estiveram em contacto com um doente que contactem a linha SNS 24.

Agora que estamos a falar de uma nova fase epidémica terá que haver um reforço da monitorização”, disse Graça Freitas, na conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Segundo a responsável, esse reforço da monitorização será feito com recurso aos métodos tradicionais, em que as autoridades procuram à volta de um caso as pessoas com quem esteve em contacto, mas também com recurso à plataforma 'trace covid', para acompanhamento de doentes com suspeita ou confirmação da doença.

A diretora-geral de saúde apelou ainda a pessoas que estiveram em contacto com doentes covid-19 para também contactarem a linha SNS 24.

A partir daqui as autoridades de saúde confirmarão a história epidemiológica e se constitui verdadeiro contacto e de alto, médio ou baixo risco”, afirmou Graça Freitas.

Segundo a responsável, esta intensificação da vigilância epidemiológica dos casos acontece quando se sabe que com o gradual desconfinamento vão aumentar os contactos entre pessoas pelo que há “risco maior” de contágio do que antes.

Retoma da atividade normal será feita sem desguarnecer resposta à Covid-19

A ministra da Saúde anunciou também que será publicado, ainda este sábado, um despacho com indicações sobre a retoma da atividade regular nas instituições de saúde e que essa será feita sem desguarnecer a resposta à doença covid-19.

Dentro das próximas horas publicaremos um despacho que estamos a preparar no Ministério da Saúde com novas orientações referentes à forma como vamos fazer este regresso à normalidade e depois vamos implementar ao nível institucional os nossos planos de regresso à atividade não covid”, disse Marta Temido, na conferência de imprensa regular, em Lisboa, em que apresenta os dados atualizados relacionados com a doença covid-19.

Segundo a ministra da Saúde, essas orientações serão feitas “dentro daquilo que é o contexto epidemiológico específico de cada instituição” e com regras uniformes para todo o país.

Contudo, acrescentou, o regresso da atividade normal será feito “não desguarnecendo a resposta à covid 19” e a eventual necessidade de alocação de recursos técnicos e humanos necessários a um recrudescimento da doença.

Além disso, continuarão a praticar-se medidas de segurança quer para os profissionais quer para os utentes dos serviços de saúde.

Contratos de trabalho de saúde serão prolongados

Assim, continuará o uso de equipamentos de proteção individual, a realização de testes à Covid-19, as consultas serão com hora marcada e com horários desfasados e será privilegiado o atendimento à distância.

Questionada sobre se serão prolongados os contratos de trabalho de quatro meses feitos a profissionais de saúde no combate à covid-19, a ministra disse que os contratos já preveem prorrogação por igual período e considerou que, num momento em que o Serviço Nacional de Saúde se prepara para a retoma da atividade regular, “a manutenção de contratos é muito importante”.

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