Mais um prédio evacuado por risco de derrocada em Lisboa - TVI

Mais um prédio evacuado por risco de derrocada em Lisboa

  • PD
  • 2 mar 2017, 00:27

Mais 16 pessoas tiveram de deixar um outro prédio na rua Damasceno Monteiro, na Graça, afetado pelo aluimento de terras. Moradores do n.º 104 também foram obrigados a passar a noite em hotéis ou casas de familiares

Por precaução, mais 16 pessoas tiveram de ser realojadas na noite de quarta-feira em hotéis ou casas de familiares, ainda devido ao desabamento de terras que ocorreu na segunda-feira, na rua Damasceno Monteiro, em Lisboa. São já 65, os moradores que tiveram de abandonar as suas habitações.

Estamos a acompanhar regularmente esta situação. Foi feita uma avaliação técnica, verificou-se este caso e a decisão foi a de realojar mais 16 pessoas", disse à agência Lusa, o vereador da Segurança da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro.

Na noite de quarta-feira, foram retirados os moradores do edifício 104, da rua Damasceno Monteiro, na zona da Graça.

Muro de condomínio ruiu

Na segunda-feira, parte do muro do condomínio Vila da Graça, no bairro Estrela d'Oiro, ruiu pelas 05:40, provocando um deslizamento de terras para as traseiras de quatro edifícios da Rua Damasceno Monteiro, dos números 104 ao 110. Uma pessoa ficou ligeiramente ferida.

Segundo o município, o muro é propriedade privada.

Na segunda-feira já haviam sido realojados pela autarquia 49 moradores dos números 102, 106, 108 e 110 , sendo que 21 foram para casas de familiares e 28 ficaram num hotel. No número 104, já não era possível o acesso ao logradouro, que foi barrado.

Hoje, o vereador de Lisboa apontou que "10 pessoas irão ficar num hotel e seis em casas de familiares".

O problema é o muro na parte de trás dos prédios", considerou, explicando que "por precaução a Proteção Civil considerou ser mais pertinente o realojamento".

Carlos Manuel Castro salientou ainda que "assim que estiverem reunidas as condições as pessoas poderão voltar às suas casas".

Todos os dias estamos em contacto permanente com as pessoas, no sentido de terem as condições que merecem", acrescentou.

Salientando que "em primeiro lugar está a segurança das pessoas", o vereador advogou que estão a ser feitos "todos os procedimentos necessários, e estão a ser cumpridos os trâmites, no sentido de procurar começar os trabalhos o quanto antes".

Obras necessárias

Na segunda-feira, o responsável referiu que caberá às seguradoras "fazer análises para que depois se comece a intervenção" no local.

O município estima que as obras no local durem cerca de três meses.

O deslizamento, cujas causas ainda não são conhecidas, provocou danos em quatro edifícios de habitação e em algumas viaturas.

Hoje, uma moradora do número 104 já havia manifestado preocupação e receio quanto à segurança do edifício devido ao muro.

Helena Santana dissera à agência Lusa que existiam "rachas no muro, mesmo em frente" ao seu prédio, que "estão a abrir completamente".

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