Hospital da Guarda assume "caso delicado" e garante que tomou medidas - TVI

Hospital da Guarda assume "caso delicado" e garante que tomou medidas

  • VC
  • 15 dez 2017, 15:47

Unidade Local de Saúde assegura estar hoje ter tomado, em setembro, medidas para corrigir as falhas detetadas no caso da grávida que perdeu o bebé no final da gestação enquanto esperava por um médico.

A Unidade Local de Saúde da Guarda assegura que tomou, em setembro, medidas para corrigir as falhas detetadas no caso da grávida que perdeu o bebé no final da gestação, em fevereiro, enquanto esperava por um médico. A Entidade Reguladora da Saúde concluiu hoje que aquele hospital "falhou no atendimento" àquela mulher.

É um caso delicado para a instituição que tem merecido toda a nossa atenção e acompanhamento. Salientamos que tudo estamos a fazer para corrigir o que correu menos bem e continuamos convictos que possuímos bons profissionais e que trabalhamos sempre em prol da prestação dos melhores cuidados de saúde"

É o que afirma a Unidade Local de Saúde, numa declaração enviada às redações, precisamente no dia em que a ERS divulgou o seu parecer sobre o caso.

"A ULS da Guarda rececionou o relatório com a deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) tomada [em] setembro passado e que hoje é tornado público", esclarece a ULS em comunicado hoje divulgado.

A ULS adianta que logo tomou medidas recomendadas pela ERS.

  • implementou a Triagem de Manchester na Urgência Obstétrica (no Hospital Sousa Martins) 
  • adquiriu três cardiotocógrafos com gravação de dados em sistema informático
  • reviu o regulamento interno do Serviço de Urgência Obstétrica e procedimentos.
  • estão programadas "formações no próximo ano formações para todos os profissionais".

A entidade reguladora identificou no atendimento a esta grávida um “alegado tempo de espera excessivo para atendimento da utente após a sua admissão no serviço de urgência, não havendo registos de ter sido efetuada triagem, nem da sua adequada monitorização e vigilância clínica durante o período de espera”.

O regulador apurou ainda “uma eventual não garantia de que os registos clínicos dos utentes sejam fiáveis e reproduzam a real situação clínica, bem como os cuidados, efetivamente, prestados”, recordando que “não há registo de observação ginecológica, da audição da auscultação fetal, nem da avaliação dos sinais vitais da grávida”.

Registou-se também “uma eventual existência de falta de comunicação e articulação entre os diversos profissionais de saúde presentes” no serviço de urgência.

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