Mais de metade dos partos em Portugal são executados por parteiras, disse esta sexta-feira Vítor Varela, fundador e ex-presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros Obstetras, escreve a Lusa.
«Em todo o país, 55 a 60 por cento dos partos são executados por parteiras, pelo que, em princípio, a taxa de partos normais será a mesma», disse Vítor Varela, enfermeiro obstetra no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e representante dos países do Sul da Europa na Confederação Internacional de Parteiras (ICM).
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O enfermeiro defendeu a necessidade de «aumentar a taxa de partos normais», o que poderá ser conseguido através da divulgação de «algumas recomendações práticas».
«Há necessidade de reconhecer, facilitar e mesmo auditar o parto normal nos nossos serviços e nas nossas maternidades», salientou Vítor Varela.
Defensor de que «dar à mulher a hipótese de um parto natural é uma missão do serviço público», Vítor Varela fundou e dirigiu até 2005 a Associação Portuguesa de Enfermeiros Obstetras (APEO).
Para este responsável, em Portugal «vive-se o modelo médico, em que não é reconhecida a qualificação e a responsabilidade dos enfermeiros obstetras, ou parteiros, apesar de estes serem abrangidos por uma directiva comunitária».
Partos: maioria feitos por parteiras
- Portugal Diário
- 8 fev 2008, 18:05
Fundador da Associação de Enfermeiros Obstetras defende aumento de taxa de partos normais
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