Seis em cada dez portuguesas não sabem os melhores dias para engravidar

Seis em cada dez mulheres portuguesas desconhecem quais os dias mais férteis para engravidar durante o ciclo menstrual, revela um estudo sobre «Gravidez e Planeamento em Portugal», que será apresentado esta terça-feira em Lisboa.

Os dias mais férteis de um ciclo menstrual são os dois imediatamente anteriores ao dia da ovulação e o próprio dia da ovulação.

Contudo, o estudo, promovido por uma empresa que comercializa equipamentos de diagnóstico de gravidez e fertilidade, revela que apenas 41 por cento das mulheres portuguesas sabem identificar que esses são os dois dias do ciclo menstrual para uma mulher conceber, sendo que 11 por cento destas afirmam ser um ou dois dias antes da ovulação e 30 por cento dizem ser no dia da ovulação.

Em contrapartida, um quarto da população feminina acredita, erradamente, que a melhor altura para conceber é um ou dois dias após a ovulação e onze por cento afirmam que pode ser em qualquer dia do ciclo menstrual.

Quando questionadas sobre se sabem quando estão em período de ovulação, 19 por cento das mulheres afirmaram «ter a certeza», 30 por cento «acham que sim», 20 por cento «nem por isso» e 32 por cento revelam que «não, de todo».

No entanto, a maioria (69 por cento) afirma saber exactamente qual o dia em que teve o último período.

O mesmo inquérito revelou que sete em cada dez mulheres ficariam preocupadas se estivessem há três meses a tentar engravidar: 33 por cento iriam ao médico, 27 por cento ficariam apreensivas, seis por cento começariam a pensar que tinham algum problema de saúde e quatro por cento procurariam toda a informação disponível. Apenas para 28 por cento da população inquirida tal não constituiria motivo de preocupação.

Quase todas defendem que nas 12 primeiras semanas de gravidez é importante deixar de fumar e beber álcool e fazer uma visita ao médico para confirmar a gravidez e o tempo de gestação.

O estudo foi feito com recurso a 502 entrevistas a mulheres com idades entre os 20 e os 44 anos, residentes em Portugal Continental, com distribuição proporcional por região.

A recolha de informação foi feita com recurso a entrevista directa e pessoal, em total privacidade, entre os dias 3 e 13 de Setembro.

O estudo completo será apresentado esta terça-feira, pelas 10h00, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.