Enfermeiros: adesão à greve mantém-se nos 80% - TVI

Enfermeiros: adesão à greve mantém-se nos 80%

José Carlos Martins (Lusa)

Os enfermeiros iniciaram, às 00:00 desta sexta-feira, o segundo e último dia de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou que a adesão à greve nos hospitais ronda esta sexta-feira de manhã os 80 por cento, confirmando os valores que tinha registado durante o turno da noite.

Segundo o presidente do SEP, José Carlos Martins, houve «dezenas de centros de saúde sem enfermeiros e milhares de consultas de enfermagem que não foram realizadas».

O balanço da manhã do segundo dia de greve dos enfermeiros foi realizado à porta do Hospital de São José, em Lisboa.

Sobre a reunião de quinta-feira à tarde no Ministério da Saúde, José Carlos Martins adiantou que não houve da parte do Governo porpostas novas ou concretas para resolver os problemas que afetam os enfermeiros.

O sindicalista disse que o Ministério da Saúde admitiu abrir vagas adicionais às já previstas para novos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde mas sem quantificar.

José Carlos Martins mostrou-se ainda surpreendido com o facto de ter sido publicado na quinta-feira à tarde um despacho que revogava a exigência de serviços máximos nos hospitais que tratam casos de infeção por 'legionella'.

Os enfermeiros iniciaram, às 00:00 desta sexta-feira, o segundo e último dia de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

No primeiro dia de greve, há uma semana, a adesão rondou os 70 por cento, um número que o Sindicato admitiu ser pouco rigoroso devido a um despacho ministerial que decretou serviços máximos nos hospitais onde são seguidos os casos de infeção por ‘legionella’.

O surto de ‘legionella’, aliás, acabou por marcar esta greve decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que chegou a reunir para avaliar se mantinha ou não a paralisação, face ao pedido do Ministério da Saúde para que os sindicalistas reconsiderassem, tendo em conta o cenário «extraordinário» provocado pelo surto de Vila Franca de Xira.

Os sindicalistas, porém, consideraram que não era uma questão suficiente para desconvocar o protesto.
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