Recolha de lixo quase paralisada em todo o país

A recolha de lixo em território nacional está praticamente paralisada desde a meia noite, momento em que se iniciou a greve geral de 24 horas decretada pelas duas centrais sindicais, noticia a Lusa.

Dados disponibilizados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local indicam que em Braga a recolha de lixo é feita por 50 por cento do pessoal, enquanto que em Famalicão apenas uma viatura saiu para a recolha.

Em Guimarães, Coimbra, Évora, Amadora, Loures, Vila Franca de Xira, Almada, Barreiro, Moita, Matosinhos e Viana do Castelo a adesão à greve é de 100 por cento, refere um email enviado pelo sindicato.

Na Câmara Municipal de Peniche, em Leiria, saiu apenas uma viatura para a recolha de lixo, em Lisboa a adesão é de 99 por cento, em Sintra de 93 por cento, Oeiras de 50 por cento, Setúbal de 75 por cento, do Porto saíram três carros e a Invicta Ambiente regista uma adesão de 80 por cento e Gondomar uma adesão de 60 por cento.

Da Câmara Municipal do Funchal dois trabalhadores estão ao serviço da limpeza de ruas e seis na recolha de lixo enquanto que em Ponta Delgada saiu apenas uma viatura de recolha de lixo nocturna.

Polícia impede piquete de exercer funções

A nota do sindicato dá ainda conta que em Braga a «polícia de intervenção impediu o piquete de greve de exercer as suas funções quando tentava persuadir alguns trabalhadores a aderir à greve» e que na Câmara de Peniche os «trabalhadores que desempenhavam funções em regime de inserção foram coagidos a trabalhar».

Já em Oeiras, continua o sindicato, a «grande maioria dos carros que saíram foi com recurso a trabalhadores que terminavam o turno às 22 horas e foram chamados a prolongar o serviço em clara violação da lei da greve», a mesma acusação feita para a Câmara do Funchal que, sublinha o sindicato, deslocou quatro trabalhadores do turno da tarde, também violando a lei da greve.