Escolas fechadas e hospitais com dificuldades em dia de protesto na função pública - TVI

Escolas fechadas e hospitais com dificuldades em dia de protesto na função pública

Fonte da Frente Comum disse à TVI que não haverá balanço de participação porque não se trata de uma greve, mas reconheceu que há escolas e serviços fechados no Porto, em Lisboa e no Algarve

Em dia de protesto na função pública, a educação e a saúde são dos setores mais afetados. Um pouco por todo o país, há várias escolas encerradas, outras a funcionar a meio gás, serviços de finanças fechados e hospitais com dificuldades.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais entregou um pré-aviso de greve para esta sexta-feira, de forma a permitir que os funcionários públicos possam participar na manifestação que vai decorrer esta tarde em Lisboa.

Fonte da Frente Comum disse à TVI que não haverá balanço de participação porque não se trata de uma greve, mas reconheceu que há escolas e serviços fechados no Porto, em Lisboa e no Algarve.

Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Funcionários Públicos do Norte, diz que na região há "várias escolas encerradas" e "hospitais com dificuldades", prevendo que esta manifestação vá "afetar todos os serviços públicos".

"Muitas escolas estarão encerradas, muitos hospitais estão com dificuldades, alguns centros de saúde fechados, a Segurança Social a trabalhar com muitas dificuldades. Vai afetar todos os serviços públicos naturalmente."

Pais e encarregados de educação foram surpreendidos esta manhã, ao depararem-se com os estabelecimentos de ensino encerrados.

A manifestação nacional que vai decorrer em Lisboa destina-se a reivindicar um aumento salarial de 4% (garantindo um aumento mínimo de 50 euros) e o descongelamento de carreiras.

A concentração acontece às 14:30 no Marquês de Pombal, em Lisboa, os manifestantes vão desfilar depois até à Assembleia da República.

Na quarta-feira, dois dias antes da paralisação, o Governo apresentou aos sindicatos da função pública uma proposta para negociar em 2017 a resolução das situações de precariedade, a revisão do sistema de avaliação e o descongelamento gradual das carreiras a partir de 2018.

A pensar em 2018?

O Presidente da República considera que este é um protesto a pensar no Orçamento do Estado para 2018, para que o Governo não se esqueça do que prometeu. 

"Esta greve é uma greve a pensar no Orçamento do Estado para 2018, no sentido de que este Orçamento do Estado está fechado, está praticamente aprovado, simplesmente em 2018 o Governo prometeu a progressão e o reajustamento de vencimentos da função pública."

Falando no final da inauguração do Bazar Diplomático, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda que a manifestação é uma maneira dos sindicatos da função pública dizerem "não se esqueçam, não foi este ano, não foi para o ano, mas prometeram que seja em 2018".

 

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