Polícia tem de tomar decisões "sob pressão", mas infrações são punidas - TVI

Polícia tem de tomar decisões "sob pressão", mas infrações são punidas

Luís Farinha - Diretor Nacional da PSP

Comandante nacional da PSP sublinhou que o trabalho da polícia é "complexo e sensível"

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O comandante nacional da PSP, Luís Farinha, afirmou esta quinta-feira, em Barcelos, que o trabalho da polícia é “complexo e sensível”, exigindo recorrentemente decisões “sob pressão”, mas sublinhou que a justiça disciplinar tem de funcionar quando há infrações.

Falando na sessão solene comemorativa do 138.º aniversário do Comando de Braga da PSP, e sem nunca se referir expressamente aos incidentes registados a 17 de maio em Guimarães, Luís Farinha defendeu que é preciso evitar “generalizações e julgamentos públicos precipitados” sobre a atuação da polícia.

“Rejeitamos generalizações e julgamentos públicos precipitados, quer de elementos individuais, quer da instituição no seu todo”, afirmou, vincando que a PSP também atua disciplinarmente, quando os seus elementos cometem “infrações”.


Um subcomissário da PSP foi filmado, a 17 de maio, no exterior do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, a agredir à bastonada um adepto do Benfica, que estava acompanhado dos seus dois filhos menores.

O mesmo oficial da polícia agrediu também a soco o pai daquele adepto.

Este adepto é acusado pelo comissário de injúrias e ameaças, tendo já sido constituído arguido.

Os dois adeptos também já apresentaram queixa contra o oficial, por ofensas à integridade física qualificada.

No campo criminal, o caso está a ser investigado pelo Ministério Público.

A PSP abriu um processo disciplinar ao subcomissário, procedimento que está parado até à conclusão do inquérito a decorrer na Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).

Comandante da Esquadra de Investigação Criminal de Guimarães, o subcomissário em causa iria hoje mesmo ser distinguido com um louvor por parte do Comando Distrital de Braga, mas a distinção foi suspensa, na sequência dos incidentes de 17 de maio.

Esta quinta-feira, no final da sessão solene do aniversário do Comando de Braga, e questionado pelos jornalistas sobre os incidentes de Guimarães, o porta-voz da Direção Nacional da PSP, Paulo Flor, defendeu que é necessário esperar pelas conclusões da IGAI.

Paulo Flor afirmou que “não são situações excecionais que vão pôr em causa toda uma estrutura policial com 23 mil homens e mulheres”.

“A justiça tem de imperar, para o bem e para o mal”, disse, acrescentando que, após o inquérito da IGAI, o processo evoluirá “em função daquilo que for decidido”.

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