Gripe A: um morto e centenas de doentes no «S. João» - TVI

Gripe A: um morto e centenas de doentes no «S. João»

Gripe A na Grécia

Director do Serviço de doenças infecto-contagiosas do hospital, no Porto, faz balanço dos casos desde Maio

Uma morte, cinco casos graves e «muitas centenas» de doentes com sintomas. É este o balanço que o director do Serviço de doenças infecto-contagiosas do Hospital de S. João, no Porto, faz dos casos de gripe A registados desde Maio nesta unidade hospitalar.

«A maioria dos casos foram benignos e apenas uma percentagem muito reduzida teve necessidade de cuidados intensivos», disse António Sarmento nas Jornadas de Patologia Respiratória em Medicina Familiar da Faculdade de Medicina do Porto.

Dos cinco casos internados na Unidade de Cuidados Intensivos do «S. João», apenas o que acabou por morrer não apresentava factores clássicos de risco, revelou o especialista, citado pela Lusa.

«O doente que morreu [um homem de 53 anos] não tinha nenhum desses factores de risco conhecidos, a não ser uma pneumonia primária pelo vírus da gripe. É uma pneumonia gravíssima e que já acontecia na gripe sazonal, felizmente é rara», afirmou.

Os restantes quatro doentes apresentavam doença cardíaca crónica (3), diabetes (2) e obesidade (3). Havia doentes com um ou mais factores de risco.

António Sarmento explicou que existem dois tipos de complicações potencialmente fatais nestes doentes: a pneumonia primária pelo vírus da gripe e a pneumonia bacteriana secundária, que ocorre dois ou três dias após o inicio da gripe devido a diminuição das defesas do organismo.

«O outro padrão é ter logo de início uma pneumonia pelo vírus da gripe, é gravíssima porque não poupa bocadinho nenhum do pulmão. E foi isso que aconteceu com o doente que morreu no S. João», sublinhou.
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