A vereadora da Habitação na Câmara do Porto, Matilde Alves (PSD), justificou esta sexta-feira a suspensão da aceitação de pedidos de atribuição de habitações municipais com o «exagerado número de pedidos recebidos antes das eleições».
«Houve um conjunto exagerado, fora de normal, de pedidos que entraram antes das eleições», disse à agência Lusa Matilde Alves, afirmando que a autarquia decidiu suspender por três meses a recepção de novos pedidos, para dar tempo aos serviços para instruir os 1.500 processos pendentes.
A autarca afirmou que, «indubitavelmente», o aumento do número de pedidos teve relação com a proximidade das eleições autárquicas.
«Muitos pensaram: como vêm aí as eleições, vou pedir, que eles vão-me dar casa. Mas nós não trabalhamos dessa maneira, paciência», salientou.
Matilde Alves sublinhou que a suspensão visa apenas dar tempo aos serviços da empresa municipal Domus Social para instruírem os 1.500 processos e analisarem as condições socioeconómicas das «mais ou menos cinco mil pessoas» envolvidas.
A vereadora disse que os serviços pediram inicialmente uma suspensão de seis meses, mas a autarquia reduziu para três meses, apelando a um esforços extra dos funcionários para que concluam o trabalho o mais depressa possível.
«Se surgirem situações excepcionais, terão tratamento excepcional», frisou, notando que a suspensão, ocorrida em 31 de Dezembro, não interrompe o processo normal de atribuição de casas.
Porto: câmara não aceita pedidos de atribuição de casas
- tvi24
- SM
- 22 jan 2010, 19:54
Devido ao «exagerado número de pedidos recebidos antes das eleições»
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