25 de Abril: «Falta de tempo» nas escolas - TVI

25 de Abril: «Falta de tempo» nas escolas

«É a nossa História, mas alguns nem sabem por que é feriado», lamenta uma professora

«Falta de tempo». Esta é a principal justificação (e também queixa) dos professores de História para não leccionarem a Revolução dos Cravos. A maior parte das vezes limitam-se a abordar o tema com trabalhos mais práticos, que podem ser feitos transversalmente, nomeadamente na área projecto, ou com exposições na altura do 25 de Abril.

«A disciplina de História tem sido muito maltratada», sublinha a presidente da Associação de Professores de História, Helena Veríssimo. «A carga horária diminuiu e o programa manteve-se. E como o tema surge no final, normalmente não há tempo».

No 9º ano, por exemplo, há apenas uma aula semanal de 90 minutos por semana e todo o século XX «para dar». «O que acontece é que depois dá 2ª Guerra Mundial falamos da criação da ONU, da CEE e ficámo-nos pelos anos 60», conta Maria Conceição Marques.

Na melhor das hipóteses, acrescenta outra docente contactada pelo PortugalDiário, «o 25 de Abril é só no fim do programa e depois é dado a correr». «Mas é pena», diz «porque é a nossa História e alguns nem sabem por que é feriado neste dia».

A tudo isto junta-se a falta de produção historiográfica baseada nas diferentes perspectivas e em visões distanciadas. Precisamente para colmatar esta lacuna, a Associação de Professores de História, a Associação 25 de Abril e o Ministério da Educação assinaram esta semana um protocolo que visa a criação e o acesso a novas fontes.
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