Beja: MP ainda não pediu autópsias de vítimas - TVI

Beja: MP ainda não pediu autópsias de vítimas

Barricado em Beja [LUSA]

Homem de 60 anos é suspeito de ter assassinado a mulher, a filha e a neta

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O Ministério Público ainda não pediu a realização das autópsias médico-legais aos corpos das vítimas do triplo homicídio ocorrido em Beja e que foram transportados hoje de madrugada para os serviços de Medicina Legal da cidade.

Fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) adiantou hoje à Agência Lusa que «ainda não há ordem do Ministério Público» de Beja para a realização das autópsias no Gabinete Médico-Legal da cidade.

O homem de 60 anos suspeito de ter matado a mulher, filha e neta e que foi detido na segunda-feira à noite, na sua casa, em Beja, onde foram encontrados os cadáveres das vítimas, está detido nos calabouços da PSP local.

O suspeito aguarda ser presente ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação, mas ainda se desconhece se tal ocorrerá durante o dia de hoje.

Fonte policial avançou hoje à Agência Lusa que os crimes terão sido cometidos «na terça-feira à noite» da semana passada e que o alegado autor do triplo homicídio também «matou todos os animais» domésticos que tinha em casa, nomeadamente «um gato».

Segundo a mesma fonte, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente «uma vida normal», uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade.

O suspeito, um antigo bancário, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque que deu no banco onde trabalhava, «é o principal e o único suspeito de ter matado a mulher, a filha e a neta», disse à Lusa o comandante da PSP de Beja, superintendente Viola da Silva.

«Viviam todos lá em casa, ele é que lá estava dentro, fechado com elas mortas, portanto é o principal e o único suspeito de ter matado a mulher, a filha e a neta», afirmou Viola da Silva.

O suspeito do triplo homicídio entregou-se na segunda-feira, por volta das 19:40, à PSP, sem oferecer qualquer resistência.

Os elementos policiais, após a detenção, entraram na casa, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro.

As vítimas não foram mortas com arma de fogo, garantiu o comandante da PSP. Fontes no local avançaram à Lusa a possibilidade de as vítimas terem sido degoladas.

Viola da Silva adiantou hoje que a PSP recebeu uma participação do namorado da filha do suspeito, uma das vítimas, referindo que «não conseguia falar com a namorada há dias».

Na participação, o namorado também terá dito que a namorada «não dava sinal de vida há dias».

Após a participação, a PSP de Beja, por precaução, «de imediato e através de investigação criminal, desenvolveu diligências» para saber o que se estaria a passar.

Elementos da polícia deslocaram-se na segunda-feira, ao final da tarde, à rua de Moçambique, onde morava a família, quando, por volta das 17:00, «por mero acaso», «ouviram um possível disparo» no interior da casa.

A PSP «montou um perímetro de segurança» na rua e «durante três horas não se ouviu mais nenhum barulho», explicou.

Entretanto, enquanto a PSP de Beja estava à espera de agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) para «entrarem na casa por outros métodos», o homem «resolveu começar a fazer barulho».

Os elementos da PSP ouviram o barulho e concluíram que havia alguém dentro da casa, a quem pediram para se entregar às autoridades, contou Viola da Silva.

O piquete da Polícia Judiciária de Faro deslocou-se ao local para recolha de vestígios e consequente investigação.
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