Homem que matou genro com a neta ao colo no banco dos réus - TVI

Homem que matou genro com a neta ao colo no banco dos réus

Arma (arquivo)

Família do advogado assassinado pede 25 anos de prisão

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A família do advogado alegadamente assassinado pelo pai da sua ex-companheira em 2011, em Oliveira do Bairro, pede pena máxima de prisão para o arguido que começará a ser julgado quinta-feira na Anadia, por um tribunal de júri.



«Sobre o meu irmão apenas há que pedir justiça. Esperamos uma condenação de 25 anos com prisão imediata, retirando-o do contacto com a neta», disse à Lusa Modesto Mendes, irmão da vítima, que se constituiu como assistente no processo.



Modesto Mendes refere-se ao homicídio de Cláudio Rio Mendes como «um caso de alienação parental que foi levado ao extremo», com a «remoção física permanente e definitiva do pai».



O irmão da vítima descreve de forma sucinta toda a situação no livro «História de amor entre um advogado e uma juíza», publicado na semana passada.



O livro de 110 páginas, com testemunhos e fotos, tem como objetivo «incentivar a mudança das regras e das práticas judiciais sobre a custódia dos filhos», pois «os filhos são atribuídos às mães, sem qualquer discussão».



«É a chamada regra 26/4 (26 dias para a mãe, quatro para o pai) ou a «ditadura da vagina». Isto é socialmente um erro que leva muitas crianças a serem 'órfãs de pais vivos' destruindo-se o conceito de família», sustenta o autor.



De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o homicídio de Cláudio Rio Mendes ocorreu num contexto de «aceso conflito» em torno do exercício das responsabilidades parentais da neta do arguido.



O caso remonta a 5 fevereiro de 2011, dia em que o advogado tinha ido encontrar-se com a filha, de três anos, conforme determinado no processo de regulação do poder paternal, no parque da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro.



No local estava também o pai da ex-companheira que, após uma discussão, terá puxado de um revólver e disparado um tiro à queima-roupa contra o advogado.

Cláudio Rio Mendes virou as costas e tentou fugir, mas o arguido seguiu-o, com a neta ao colo, e disparou mais cinco tiros. A vítima acabou por tombar inanimada próximo do seu automóvel.



Depois do crime, o suspeito entregou-se no posto local da GNR, levando consigo o revólver utilizado.



O MP entende que o suspeito já tinha o crime premeditado uma semana antes de alegadamente cometer o homicídio.



O suspeito vai ser julgado por um tribunal de júri, a pedido da família da vítima. As audiências vão decorrer no município vizinho de Anadia, devido à falta de condições do tribunal local.
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