Polícia na prisão por matar mulher - TVI

Polícia na prisão por matar mulher

Entrega de pistolas Glock às forças de segurança

Agente roubou arma a colega e disparou à frente do filho

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O agente da PSP que segunda-feira alvejou mortalmente a ex-companheira, no Vale de Santarém, foi esta terça-feira indiciado da autoria de crime de homicídio qualificado e ficará preso preventivamente enquanto aguarda julgamento, noticia a Lusa.

Ouvido pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Santarém, o magistrado aplicou como medida de coacção a prisão preventiva, tendo o arguido sido transportado pela GNR para o estabelecimento prisional das Caldas da Rainha.

Segundo fonte da GNR, o agente deverá depois ser encaminhado pela Direcção-Geral dos Serviços Prisionais para o estabelecimento prisional de Évora, destinado a reclusos das forças policiais.

Cerca das 08:00 de segunda-feira, o agente baleou mortalmente a mulher, 29 anos, junto às instalações do jardim-de-infância da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), no Vale de Santarém, onde esta trabalhava.

O agente, que aparentemente terá agido na presença do filho de ambos, uma criança de sete anos, disparou ainda em direcção a uma carrinha adaptada, em cujo interior se encontrava um motorista e uma auxiliar, que se dirigiram ao local quando ouviram gritos.

O homem, pertencente ao comando metropolitano de Lisboa da PSP, tem a correr, desde Agosto, um «procedimento interno», que levou a que, no passado dia 01, lhe fosse retirada a arma de serviço, situação de que a força policial deu conhecimento ao Ministério Público.

Os disparos terão sido feitos com uma arma que o agente retirou do cacifo de um colega, segundo fonte da PSP. O processo no seio da PSP surgiu na sequência de ameaças de morte que o agente havia proferido contra a mulher, depois desta ter saído de casa, alegadamente devido a maus-tratos, e iniciado o processo de divórcio.

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, disse à agência Lusa ter ficado «aliviado» com a medida de coacção aplicada, já que o ambiente na APPACDM era de receio de que o agente ficasse a aguardar julgamento em liberdade.
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