Covid-19: Hospital de Santa Maria tem 60 doentes internados em cuidados intensivos - TVI

Covid-19: Hospital de Santa Maria tem 60 doentes internados em cuidados intensivos

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  • MJC
  • 5 fev 2021, 20:42
Covid-19 no Hospital de Santa Maria em Lisboa

Terceira vaga tem afetado doentes mais novos e com maior gravidade, explica o responsável por esta unidade hospitalar

O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem 395 doentes com covid-19, dos quais 60 estão internados em cuidados intensivos, disse esta sexta-feira à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração da unidade hospitalar.

“Os restantes doentes [335] estão internados em enfermaria e nas urgências, a aguardar para subir para os pisos”, indicou à Lusa Daniel Ferro.

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que integra o Hospital de Santa Maria, adiantou que a média de doentes internados diariamente naquela unidade é de 25 e, “cada vez mais, de escalões etários mais baixos”.

A noção que temos nesta segunda fase é que têm sido assistidas pessoas nos escalões etários mais baixos e, de um modo geral, a gravidade também é maior”, salientou.

Questionado pela Lusa sobre a eventual falta de camas e de meios o administrador apontou para a “enorme pressão” a que o Santa Maria está sujeito, com a chegada diária de muitos doentes, sublinhando que a unidade hospitalar “está no limite”.

Somos neste momento o hospital que tem mais doentes. Temos recebido doentes de outros hospitais que, por vezes, suspendem a receção de doentes na urgência. Tudo isso faz com que a pressão seja grande e que, à medida que as necessidades existem, vamos abrindo enfermarias e é o que temos feito e é o que faremos nesta altura”, assegurou.

Apesar desta situação “limite”, Daniel Ferro apelou à tranquilidade dos portugueses e garantiu que “até agora ninguém deixou de ser tratado e de receber os cuidados de que necessita”, dada a “qualidade e o profissionalismo dos profissionais de saúde”.

“A imagem que temos de passar é de tranquilidade, mas ao mesmo tempo também partilhar o risco de estarmos no limite da capacidade dos serviços de saúde. Os serviços só poderão manter este nível se houver cada vez menos infeções e cada vez menos hospitalizações”, alertou.

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