As declarações da Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Elisabete Faria, de que as farmácias podem estar a vender medicamentos contrafeitos, não configuram «factos concretos e credíveis». A ideia é defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Ordem dos Farmacêuticos fala em medicamentos contrafeitos
A bastonária dos Farmacêuticos afirmou que as farmácias instaladas nos hospitais só conseguem dar margens de 30 por cento às unidades se recorrerem a meios ilícitos, como venda de medicamentos contrafeitos.
«Como é possível que a nossa margem de lucro seja inferior a 19 por cento e estas farmácias [nos hospitais] ofereçam percentagens que chegam aos 30 por cento? Vendem medicamentos contrafeitos?», questionou Elisabete Faria.
Sobre estas declarações, a PGR afirmou que «actua e investiga factos concretos e credíveis e não meros comentários feitos na imprensa», noticia a Lusa.
A bastonária defendeu ainda que as autoridades, como o Infarmed, deviam investigar como estas farmácias «conseguem cumprir ou oferecer estes valores».
O Infarmed já reagiu e exortou a Ordem dos Farmacêuticos a denunciar as informações que tenha sobre a circulação de medicamentos contrafeitos.
Infarmed pede à Ordem para denunciar medicamentos contrafeitos
«Se a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos tem alguma informação concreta que indicie a presença de medicamentos contrafeitos no circuito legal dos medicamentos é seu dever comunicá-lo», afirmou o Infarmed.
Farmácias hospitalares: PGR só investiga «factos credíveis»
- Redação
- RGB
- 23 set 2009, 19:11
Para a Procuradoria-geral da República, as declarações da Bastonária dos Farmacêuticos não configuram «factos concretos»
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