Governo promove 83 administradores hospitalares - TVI

Governo promove 83 administradores hospitalares

O despacho foi publicado em Diário da República na última segunda-feira, véspera de feriado. A maioria das subidas é ao 3º grau na carreira, mas há promoções ao 2º e até ao 1º grau

O Ministério da Saúde promoveu 83 administradores hospitalares, todos com vínculo à Função Pública. De acordo com o despacho, publicado na segunda-feira em Diário da República, assinado pelo secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, a maioria das promoções é para o 3º grau da carreira. Mas também há vários administradores a serem promovidos para o 2º grau e até para o 1º.

Na sequência do meu despacho de 17 de novembro de 2020 (…) [nome do administrador em causa] é promovido a administrador do 3.º grau do quadro único, com efeitos retroativos", pode ler-se no despacho publicado em Diário da República.

De acordo com o Diário de Notícias (DN), que contactou o gabinete da ministra Marta Temido, trata-se "de um reconhecimento de competências e que não tem implicação salarial".

Contudo, o despacho provocou indignação junto das estruturas sindicais e associações de profissionais de saúde, que, em tempo de pandemia, têm sido chamados a um esforço suplementar para dar resposta às necessidades do Sistema Nacional de Saúde.

“Abertura do Ministério tem sido nula”

Na antena da TVI24, Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) atacou a decisão do Ministério da Saúde.

Este despacho vem revelar que, mesmo em tempo de pandemia, há espaço para valorizar profissionais de saúde. Tem-nos sido dito que agora não há espaço para esta valorização e este despacho vem mostrar que afinal há esse espaço”, denunciou.

Não nos preocupa a valorização de outros profissionais. Preocupa-nos a não valorização dos médicos.”

O responsável criticou ainda a falta de abertura da ministra da Saúde, Marta Temido, para negociar com os médicos: “A abertura do Ministério tem disso nula, pelo menos da parte da senhora Ministra. Temos tido algumas reuniões com o senhor secretário de Estado, que valorizamos, mas consideramos que deve haver uma valorização política desta matéria.”

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