Grupo Luz Saúde foi quem mais faturou com o Estado na pandemia - TVI

Grupo Luz Saúde foi quem mais faturou com o Estado na pandemia

A empresa GLSMed Trade, do grupo Luz Saúde, controlada pelos chineses da Fosun, faturou 38 milhões de euros em contratos com o Estado. Só a Direção-Geral de Saúde adquiriu equipamentos no valor de quase 33 milhões de euros

Quando se fala em despesas e investimentos no combate à pandemia de covid-19, a empresa que mais vendeu ao Estado português foi a GLSMed Trade, uma unidade do grupo Luz Saúde, controlada pela Fosun e pela Fidelidade.

De acordo com uma análise feita pelo jornal Público - aos 15.437 contratos públicos relacionados com a pandemia entre fevereiro e outubro - só a Direção-Geral de Saúde (DGS) fez compras à empresa em questão no valor de 32,7 milhões de euros.

O jornal revela ainda que, com apenas um contrato, celebrado a 1 de abril com a DGS, a GLSMed Trade arrecadou 13,8 milhões de euros. Analisados os contratos mais volumosos, onde há várias empresas de menor dimensão, o grupo Luz Saúde é o que mais fatura.

Unidades de saúde "castigadas" pela pandemia

Tal como outros privados, os hospitais do grupo Luz Saúde sofreram um impacto negativo causado pela pandemia, devido ao cancelamento de consultas não urgentes, mas a situação acabou por ser, para alguns, atenuada com negócios de distribuição de produtos e equipamentos de saúde.

Com 24 contratos feitos, a subsidiária do Grupo Luz Saúde vendeu 19,7 milhões de euros em equipamentos de proteção individual e 18,3 milhões de euros em testes, que são produzidos pela farmacêutica chinesa Fosun Pharma. Os equipamentos de proteção individual (EPI) já eram comercializados pelo grupo privado desde 2015, mas os testes só começaram a ser vendidos por causa da pandemia. 

(A Fosun) partilhou muita informação relevante sobre a crise sanitária na China e permitiu-nos, desde o início desta pandemia, ter uma noção do que poderia ser a dimensão das necessidades do nosso grupo e do país”, indicou o gabinete de comunicação do grupo Luz Saúde ao jornal Público. 

No total, a empresa arrecadou 38,3 milhões de euros em gastos com covid-19. Além da DGS, os principais contratantes foram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (2,7 milhões de euros), o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e a Câmara de Lisboa (com cerca de 659 mil euros cada). 

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