Sindicato acusa Hospital de S. João de se intrometer na greve de zelo - TVI

Sindicato acusa Hospital de S. João de se intrometer na greve de zelo

  • VC
  • 26 mai 2017, 12:25
Médico

Presidente do Sindicato dos Enfermeiros está a preparar uma “lista” de alegadas ilegalidades para entregar ao Ministério Público

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros acusa o Hospital de S. João de se estar a intrometer na greve de zelo destes profissionais. Está, por isso, a preparar uma “lista” de alegadas ilegalidades praticadas pelo Centro Hospitalar São João, Porto, para entregar no Ministério Público. Isto no dia em que a função pública está a cumprir um dia de greve, que está a afetar bastante os hospitais.

Obrigado, conselho de administração, porque com estas assinaturas a garantirem a sua intromissão na greve (…) vão enriquecer de forma, embora ingénua, a lista que estamos a construir para entregar no Ministério Público”.

Em comunicado, José Azevedo acusa o conselho de administração do Centro Hospitalar São João de estar a "coagir pela ameaça os enfermeiros grevistas”, nomeadamente através da instauração de processos disciplinares.

O sindicalista refere-se a um documento no qual o conselho de administração emite recomendações e orientações para os enfermeiros em greve de zelo.

A agência Lusa leu o documento ,onde se refere que “os trabalhadores que adiram à citada ‘greve de zelo’ mantêm-se obrigados ao cumprimento de todos os deveres laborais a que se encontram adstritos na prestação da sua atividade”. E acrescenta:

A violação de qualquer um dos deveres laborais pelos enfermeiros terá que ser apreciada casuisticamente e da mesma poderá derivar a instauração de procedimento disciplinar”.

O sindicalista José Azevedo considera que “o CA do CHSJ esqueceu que quem tem competência para definir os pontos a atacar na greve é a entidade que a decreta, pelos quais é responsável civil e criminalmente. Venham daí os processos e nós cá estamos para defender as vítimas desta administração ingénua e mal apoiada juridicamente”.

A agência Lusa contactou o Conselho de Administração, que não quis tecer comentários.

 

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