Homem morre após seis horas de espera nas urgências - TVI

Homem morre após seis horas de espera nas urgências

Hospital [Foto: Lusa]

A Administração do Hospital está à espera do resultado da autópsia e já admitiu a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades.

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Um homem de 80 anos morreu na madrugada de sábado na sequência de um AVC, depois de, alegadamente, ter esperarado seis horas para ser assistido no Hospital S. José, em Lisboa.

A notícia está a ser avançada pela SIC, que cita o filho da vítima, que terá encontrado o pai morto numa maca, ainda com a ficha de entrada no hospital por preencher.

Segundo o Diário de Notícias, a Administração do Hospital está à espera do resultado da autópsia e já admitiu a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades.

«Relativamente ao caso do doente falecido na Urgência Polivalente do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, na madrugada do passado sábado, o Conselho de Administração decidiu abrir um processo de inquérito ao caso para apuramento dos factos ocorridos. Mais se informa que se aguarda o resultado da realização de uma autópsia anátomo-clínica. O CHLC lamenta profundamente o falecimento verificado e apresenta as suas condolências à família», lê-se num comunicado enviado às redações.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) adiantou, também ao DN, que as urgências do São José estão caóticas, e existe a «a indicação de que os doentes pertencentes ao hospital Amadora-Sintra não podem ser para lá encaminhados».

Lembre-se que as urgências do Amadora-Sintra estão, justamente, a ser alvo de polémica após o registo de esperas superiores a 22 horas nas urgências deste hospital nos dias 25 a 27, devido à falta de médicos.
Estas ocorrências já levaram o Hospital a anunciar a contratação imediata de 10 médicos para que a situação não se repita na época de Ano Novo.
 
Em entrevista à TVI24, o bastonário da Ordem dos Médicos responsabiliza o Ministério da Saúde pelo caos nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, que está sem capacidade de resposta até 4 de janeiro. José Manuel Silva atribui a situação à «asfixia financeira» imposta aos hospitais e diz que, no caso do Amadora-Sintra, o que se passou foi «inacreditável e terceiro-mundista». 
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