Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) não se opõem à utilização do Avastin, o medicamento que tem sido associado ao problema de cegueira que afectou seis pacientes operados no Hospital de Santa Maria, apesar de o fármaco não ser utilizado naquela unidade hospitalar.
Dois doentes com «melhoria muito considerável»
«Não temos nada contra a droga. É utilizada nos melhores serviços do mundo e tem salvo a visão a milhões de pessoas» referiu à «Lusa» Joaquim Murta, o director do Serviço de Oftalmologia - Clínica Oftalmológica dos HUC.
Médicos admitem troca de medicamento
De acordo com o mesmo responsável, o Avastin (nome comercial da substância activa Bevacizumab) é usado regularmente para tratar os doentes com problemas oftalmológicos na clínica privada onde ele e outros especialistas desenvolvem actividade.
A opção dos HUC por outros fármacos com características idênticas deve-se a «uma questão de política do serviço», devido a contratos que foram feitos, e por «opção científica», dado estarem envolvidos em estudos internacionais.
O Serviço de Oftalmologia dos HUC tem utilizado como alternativas ao Avastin o Macugen e o Lucentis, mas os contratos são renegociados anualmente e nada obsta a que o serviço venha a utilizar o Avastin na actividade clínica.
De acordo com Joaquim Murta, os casos de cegueira devem estar relacionados com algo ocorrudo durante «o acto cirúrgico».
Cegueira: Hospitais de Coimbra elogiam Avastin
- Redação
- CR
- 27 jul 2009, 12:35
Director de serviço de Oftalmologia admite que o fármaco volte a ser usado nesta unidade
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