Acidentes com crianças: «Não devemos procurar culpados» - TVI

Acidentes com crianças: «Não devemos procurar culpados»

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«Basta um segundo de desatenção para que as crianças fiquem expostas a uma situação de perigo», recorda secretária de Estado

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A secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, considerou, esta sexta-feira, que «não se devem apontar culpas» e que «não dependem da legislação» casos como os recentes acidentes ocorridos no país envolvendo crianças, escreve a Lusa.

«Não são casos de negligência, são casos muitas vezes de desatenção. Nós sabemos que, às vezes, basta um segundo de desatenção para que as crianças fiquem expostas a uma situação de perigo», afirmou.

A secretária de Estado responsável pela protecção de menores entende que não deve haver «esta preocupação de andar sempre a querer colocar as culpas em alguém».

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Uma procura de responsabilidades que «muitas vezes é desnecessária» para a governante, «para se culpabilizar quem num momento menos feliz da sua vida deixou escapar a sua ou daqueles que muito quer num minuto».

Idália Moniz apela à «responsabilidade individual de cada um» e não vê também na legislação a solução para estes casos. A secretária de Estado lembrou que «Portugal é dos países que tem, aos diferentes níveis, instrumentos legislativos mais avançados», mas realçou que os seus resultados dependem do exercício de «uma cidadania activa».

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«Se fizerem este exercício de ir à rua perguntar às pessoas se costumam discriminar, toda a gente vos dirá que não discrimina, se foram atrás deles verão quantos estacionam em cima do passeio, quantos impedem pessoas com carrinhos de bebés, com bengalas, em cadeira de rodas de poder dar cumprimento aos seus direitos», disse.

Para a secretária de Estado, «mais importante do que apontarmos ou arranjarmos alguém sempre para apontar as culpas é se calhar participarmos todos nesta campanha de sensibilização de todos os cidadãos».

Idália Moniz falava na quarta ronda de reflexão com as comissões de protecção de crianças e jovens do Distrito de Bragança, que têm cerca de 500 crianças sinalizadas.
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