Braga: arcebispo indignado com publicidade que usa padre e freira - TVI

Braga: arcebispo indignado com publicidade que usa padre e freira

Sociedade

D. Jorge Ortiga critica «insinuações e mensagens que levam a terceiras interpretações»

O Arcebispo Primaz e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, manifestou-se «indignado» com uma campanha publicitária, em curso em Braga, promovendo a venda de automóveis através da imagem de um padre e de uma freira, noticia a Lusa.

«Pode parecer inoportuno, só que não devo calar mais tempo a situação», comentou.

O Arcebispo chamava a atenção para «certos anúncios e cartazes publicitários onde a vida religiosa e sacerdotal aparece misturada com insinuações e mensagens que levam a terceiras interpretações».

Dirigindo-se a uma assembleia de religiosos a propósito do Dia dos Consagrados, que se assinala hoje na Igreja Católica, o prelado referiu-se a «um pequeno pormenor» que se pode observar na cidade concretamente, disse, nos «cruzamentos mais movimentados».

«Coisas que mexem com sentimentos»

Sustentando não ser «fundamentalista nem muito menos integrista», D. Jorge Ortiga justificou o seu repúdio com o facto de serem «coisas que mexem com sentimentos e opções» de vida, sublinhando, por isso, que «deve ser respeitada a diversidade de viver, sem ofender ninguém».

Frisando que não se trata de uma situação nova, o sacerdote disse ter já presenciado outras situações que «não pode aceitar».

«Acredito que as minhas palavras provoquem o efeito contrário de chamar a atenção para aquilo que ninguém, até agora, viu», declarou.

Apesar disso, acentuou que «também tem o direito a manifestar indignação, pedindo - e talvez suplicando - que encontrem outros motivos para fazer publicidade, que respeitem a vida e a dignidade de todos, e no caso concreto, dos padres e das freiras».

De igual modo solicitou respeito por «todos os homens e mulheres que possuem um estilo de vida que guarda certos valores que, no respeito mútuo, não podem servir para insinuar».

A concluir, D. Jorge Ortiga garantiu que não condena «quem idealizou a campanha publicitária», mas agradece «que pensem um pouco e que não insistam mais».
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