Cada vez mais imigrantes altamente qualificados - TVI

Cada vez mais imigrantes altamente qualificados

Manifestação de imigrantes em Lisboa

Maioria é de nacionalidade brasileira

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O número de cidadãos estrangeiros altamente qualificados de fora do espaço europeu que chegaram a Portugal em 2008 duplicou em relação a 2007, sendo a maioria de nacionalidade brasileira, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Administração Interna, citados pela Lusa.

Portugal atraiu «533 estrangeiros altamente qualificados de fora do espaço europeu em 2008, mais do dobro do que em 2007», referem dados do Grupo de Contacto, criado em 2006 para a promoção da simplificação do processo de contratação de docentes, investigadores e outros estrangeiros altamente qualificados, no âmbito do Programa Simplex.

Estes imigrantes altamente qualificados chegaram de mais de 40 países, com «especial relevo para as nacionalidades brasileira (223 vistos concedidos), chinesa (39), indiana (34) e norte americana (24)».

Tempo para obtenção de vistos diminui

Segundo dados do Grupo de Contacto, que integra representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna (MAI) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o tempo médio para a obtenção dos vistos «tem vindo continuamente a ser reduzido», tendo-se atingido «um mínimo de cerca de 11 dias no segundo semestre de 2008, face a 12 dias no primeiro semestre de 2008 e uma média que ainda rondava os 20 dias em 2007».

O MAI refere, em comunicado, que estes objectivos foram possíveis de alcançar graças aos «mecanismos previstos na nova lei dos estrangeiros e das regras do espaço Schengen que facilitam a circulação de quadro técnicos qualificados e das medidas especiais de reforço da articulação dos ministérios e serviços envolvidos».

«Trata-se da concretização de mais um passo no quadro do Compromisso com a Ciência, neste caso adaptando a legislação de imigração e os mecanismos de acolhimento de imigrantes de alto nível científico e técnico, assegurando condições competitivas de entrada, fixação e reagrupamento familiar», lê-se no comunicado.

Neste contexto, os cidadãos estrangeiros com o perfil descrito podem entrar e permanecer em território nacional, nomeadamente, se «tiverem da entidade contratante uma promessa ou contrato de trabalho, uma proposta ou contrato de prestação de serviços ou uma bolsa de investigação científica numa instituição de I&D», lembra o MAI.
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