Portugal e outros quatro países vão receber migrantes do navio "Gregoretti" - TVI

Portugal e outros quatro países vão receber migrantes do navio "Gregoretti"

  • SS
  • 31 jul 2019, 13:23
Migrantes

A solução foi anunciada esta quarta-feira pela Comissão Europeia e vai permitir o desembarque dos 131 migrantes resgatados na semana passada

Bruxelas anunciou esta quarta-feira um acordo para que Portugal e outros quatro países europeus, juntamente com a Igreja italiana, recebam os 131 migrantes resgatados na semana passada e que aguardavam uma solução a bordo do navio italiano ‘Gregoretti’.

A solução foi anunciada esta quarta-feira pela Comissão Europeia que fez um acordo para que os migrantes sejam recebidos por Portugal, França, Alemanha, Luxemburgo e Irlanda e também pela Igreja italiana.

Salvini afirmou, entretanto, que os migrantes ainda a bordo do navio poderão desembarcar “nas próximas horas”.

O grupo de migrantes foi resgatado na quinta-feira à noite na rota do Mediterrâneo central (que sai da Argélia, Tunísia ou Líbia em direção à Itália e a Malta) por lanchas da Guarda Costeira italiana e foi, posteriormente, transferido para um navio daquela força, o ‘Gregoretti’.

No dia seguinte, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, também líder da extrema-direita italiana e o principal rosto do endurecimento das políticas migratórias italianas, avisou que ia bloquear o desembarque dos migrantes até que existisse um acordo ao nível da União Europeia (UE) para a distribuição destas pessoas.

A Comissão Europeia não especificou como será feita a distribuição de migrantes, mas de acordo com as informações fornecidas, mais de metade deverá permanecer em Itália, apoiados pela Igreja.

Os migrantes partiram da Líbia em dois barcos separados, tendo sido depois resgatados por barcos de patrulha da Guarda Costeira na quinta-feira passada, no mesmo dia em que mais de 110 pessoas morreram ou desapareceram num naufrágio na costa da Líbia.

A Comissão Europeia instou esta quarta-feira, de novo, os Estados-membros a encontrarem uma solução duradoura para os desembarques de náufragos resgatados no mar, que se tornou um tema de tensão na UE.

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