Incêndio que ameaçou casas em Chaves começou com "três ignições distintas" - TVI

Incêndio que ameaçou casas em Chaves começou com "três ignições distintas"

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  • 7 ago 2020, 22:40

O presidente da Câmara de Chaves suspeitando de “uma intencionalidade” neste fogo, que se aproximou de aldeias.

O presidente da Câmara de Chaves disse que o incêndio que deflagrou esta sexta-feira na freguesia de Vilar de Nantes começou com três ignições distintas, suspeitando de “uma intencionalidade” neste fogo, que se aproximou de aldeias.

No espaço de uma semana tivemos um incêndio que lavrou de forma intensa, que consumiu mais de 2.700 hectares e que pôs em perigo sete aldeias e, agora, temos outra vez um incêndio florestal com uma grande intensidade e colocando em perigo cinco localidades”, afirmou Nuno Vaz.

O autarca explicou que o incêndio que deflagrou pelas 14:41 em Vilar de Nantes, começou com “três ignições distintas, com uma distância entre elas de cerca de 500 metros”.

Nuno Vaz disse ainda que se encontra dominado cerca de 80% do incêndio: “Faltará extinguir cerca de 20% do incêndio. Neste momento não há risco para as habitações e a situação já é mais tranquila”.

Se a situação continuar a evoluir favoravelmente, o presidente do município do distrito de Vila Real espera que o fogo esteja resolvido durante o final da noite ou madrugada.

No dia 30, um outro fogo teve origem em quatro focos distintos perto da aldeia de Vila Verde da Raia.

Nuno Vaz disse que “é altamente suspeito” e que quer parecer que “há aqui uma ação humana”, que deverá merecer uma “atenção mais particular por parte da investigação”.

Estas são, acrescentou, situações que o “estão a preocupar muito”.

Se tivermos em consideração as temperaturas muito elevadas, a baixa humidade e os ventos fortes, e se somarmos a isso uma intencionalidade de alguém que quer fazer arder, é uma situação muito preocupante”, frisou.

O autarca encontrava-se na aldeia de Cela, onde os operacionais estavam a fazer a contenção e a defesa das casas nesta localidade que foi praticamente "contornada" pelo fogo.

O incêndio de Vilar de Nantes avançou em três frentes que progrediram com alguma intensidade empurradas pelo vento forte e queimaram pinhal e mato na serra do Brunheiro.

Esta é uma zona de muita vegetação, muito pinheiro e isso aliado com ventos, com temperaturas elevadas, baixa humidade e uma orografia complexa com habitações pelo meio, naturalmente que a nossa preocupação é grande”, salientou.

Trata-se de uma zona com muitas habitações dispersas, o que obrigou também a uma dispersão dos meios para a proteção das casas e populações que pegaram em baldes e mangueiras para ajudar a travar o fogo.

De acordo com página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 20:30 estavam mobilizados para este fogo 203 operacionais, 59 viaturas.

Neste momento, estamos convencidos que os meios são os suficientes para resolver o incêndio que ainda não está circunscrito, mas acreditamos que o possa estar nas próximas horas”, afirmou.

Ainda no distrito de Vila Real, o incêndio que deflagrou na quinta-feira em Alijó entrou em fase de resolução pelas 06:00 de hoje e sofreu uma reativação durante a tarde.

No local, segundo a ANEPC, permanecem 155 operacionais e 43 operacionais que combatem o fogo numa zona de mato rasteiro.

O alerta para esta ocorrência foi dado pelas 12:00 de quinta-feira e teve início perto da zona industrial de Alijó.

O distrito de Vila Real está em estado de alerta especial de nível vermelho.

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