A A23 está novamente cortada, esta sexta-feira. Tudo por causa, mais uma vez, do incêndio de Mação, que também obrigou, a partir das 17:00,ao corte da circulação na linha férrea da Beira Baixa, entre Mouriscas e Belver.
Fonte da CP disse à Lusa que não há previsão, dadas as circunstâncias, quando a circulação ferroviária será retomada.
A linha da Beira Baixa liga o Entroncamento à cidade da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.
Quanto à A23, não se pode circular, nos dois sentidos, entre Mouriscas e Mação.
É a quarta vez, esta semana, que esta autoestrada é cortada ao trânsito. Ontem, a circulação esteve interrompida entre Abrantes e Mação.
O incêndio de Mação chegou ontem ao distrito de Portalegre, para onde alastrou com violência.
As coisas voltaram a estar complicadas hoje à tarde em Mação, com duas frentes ativas, e em Gavião, com uma. Uma aldeia e uma praia fluvial deste concelho tiveram de ser evacuadas.
Temos uma reativação do incêndio de Gavião, no distrito de Portalegre, e temos o incêndio em Mação, em Santarém, que de manhã estava com uma perspetiva um bocadinho diferente. Neste momento estamos com o incêndio já com várias reativações”, disse à Lusa, cerca das 16:15, a adjunta-nacional de operações da ANPC, Patrícia Gaspar.
De acordo com Patrícia Gaspar, as zonas mais críticas do incêndio de Mação localizavam-se “um pouco em todo o flanco oeste e sul deste incêndio”: a zona de Alvega, em Abrantes, as zonas de Murteira, Vale da Abelha e Ortiga e Romaninhal, em Mação, e ainda Vale de Onegas, já no concelho do Sardoal.
Do lado de Portalegre, havia a essa hora uma frente de incêndio com "desenvolvimento complexo", que ia no sentido das llocalidades de Torre Cimeira e Torre Fundeira.
Estamos a colocar meios para avaliação da situação, proteção das pessoas e, se necessário for, retirar quem tiver de ser retirado destas localidades”.
De acordo com a página da ANPC na internet, às 19:13, o fogo com origem em Mação estava a ser combatido por 784 operacionais, ajudados por 227 veículos e oito meios aéreos.
O incêndio do Gavião tinha no combate 435 operacionais, ajudados por 140 veículos e seis meios aéreos.
Ontem, também a A1 esteve cortada mais de cinco horas ao trânsito na zona de Albergaria, igualmente por causa de um incêndio.