"Portugal está a responder a um pedido de ajuda internacional emitido pelos nosso vizinhos espanhóis e respondeu afirmativamente, até na linha daquilo que são os acordos bilaterais que existem entre Portugal e Espanha", disse à agência Lusa o comandante operacional nacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), José Manuel Moura.
A força conjunta saiu às 18:00 de hoje da Base de Apoio Logístico (BAL) de Castelo Branco.
"Portugal organizou uma força conjunta, designada Focon.pt, constituída por 32 viaturas e 104 elementos, que inclui um grupo de ataque ampliado de Santarém e outro de Lisboa, força especial de bombeiros, conjuntamente com viaturas dos distritos de Portalegre e Castelo Branco".
Adiantou ainda que a missão da força portuguesa, para já, é por um período de 48 horas, sem prejuízo de poder vir a ser prolongada ou antecipada.
José Manuel Moura sublinhou que existe um acordo bilateral entre Portugal e Espanha que permite a entrada, quer das forças portuguesas quer das forças espanholas em território do outro país, até 15 quilómetros.
O incêndio que se está a desenvolver a partir da Sierra de Gata, na zona da Extremadura espanhola, está para lá dos 15 quilómetros.
"O acordo bilateral não podia ser estendido e como tal houve a necessidade de o Governo espanhol formalizar o pedido de ajuda internacional e nós, por uma questão de proximidade, respondemos afirmativamente".
O fogo, que deflagrou na quinta-feira na Sierra de Gata, já consumiu mais de 6.500 hectares e é combatido por centenas de bombeiros de várias regiões de Espanha, apoiados por 16 helicópteros e aviões de combate a incêndios.
Na madrugada deste sábado, a situação agravou-se e foram retirados cerca de mil habitantes da localidade de Hoyos. Já na sexta-feira tinham sido retirados mais de mil habitantes de Acebos e Perales del Puerto.
Segundo as autoridades, cinco estradas da região estão encerradas.
O fogo incendiou algumas habitações mais isoladas nos montes.