Câmara de Pedrógão Grande estima prejuízos de 250 milhões - TVI

Câmara de Pedrógão Grande estima prejuízos de 250 milhões

  • (Atualizada às 14:35) CP, com Lusa
  • 30 jun 2017, 14:07

Ministro da Agricultura tinha falado em 20 milhões e só depois esclareceu tratarem-se, somente, dos prejuízos agrícolas. Em termos globais os números da autarquia traçam um cenário muito mais negro

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, estimou esta sexta-feira em 250 milhões de euros os prejuízos no concelho decorrentes do incêndio que vitimou 64 pessoas e que provocou mais de 200 feridos.

“Pelo menos 250 milhões de euros”, disse à agência Lusa Valdemar Alves.

Antes, aos jornalistas, o autarca tinha dito que o balanço feito pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na quinta-feira, que anunciava que 40 empresas tinham sido afetadas pelo incêndio, assim como 500 casas, em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, foi uma estimativa “a quente”.

Segundo Valdemar Alves, haverá ainda mais casos para avaliar.

Os números dos prejuízos agrícolas também foram revelados esta sexta-feira pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, no parlamento.

Os prejuízos referem-se à área específica do ministério, englobando este valor de 20 milhões perdas com plantações (vinhas, pomares, por exemplo), equipamentos ou explorações agrícola, explicou Capoulas Santos no final da interpelação dos Verdes sobre política florestal e desertificação do interior, no parlamento.

Antes, durante o debate, o ministro anunciou a estimativa de 20 milhões de prejuízos, causados pelos incêndios na zona de Pedrógão Grande, que fizeram 64 mortos e mais de 250 feridos, mas não especificou as áreas ou setor. Um número explicado depois aos jornalistas, já que o valor, inicialmente anunciado sem enquadramento, divergia, e muito, dos 250 milhões anunciados pelo presidente da câmara de Pedtogão Grande.

Em resposta a uma pergunta do deputado do PCP João Ramos, Capoulas Santos afirmou que o Governo já fez as estimativas dos prejuízos e terá de “existir a capacidade financeira para lhes dar resposta”.

Depois do levantamento de prejuízos, o Ministério vai agora abrir, no prazo de “duas, três semanas”, as candidaturas para os agricultores serem recompensados pelas suas perdas, “de acordo com as leis nacional e comunitária”.

Nos termos da lei nacional e comunitária, [os pagamentos] variam entre 50% e 80% da totalidade dos prejuízos, que podem acumular-se à indemnização do seguro, àquelas pessoas que o fizeram”, afirmou Capoulas Santos.

Esta sexta-feira, na Assembleia da República, o ministro da Agricultura estimou em 20 milhões de euros os prejuízos em explorações agrícolas também decorrentes daquele incêndio.

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