Combate às chamas evolui, mas situação ainda é "preocupante" - TVI

Combate às chamas evolui, mas situação ainda é "preocupante"

Balanço do comandante operacional Elísio Oliveira, que diz que não há alteração no número de vítimas, pelo menos por agora. Acessos difíceis e condições meterológicas adversas impedem meios aéreos de atuar

O comandante operacional Elísio Oliveira fez, pelas 10:00, o primeiro balanço do dia sobre o combate aos incêndios nos três distritos afetados: Leiria, Castelo Branco e Coimbra. A situação está a evoluir favoravelmente, mas ainda é "preocupante". Pelas 12:00, foi feito novo balanço, idêntico ao anterior.

Não há alteração no número de vítimas, pelo menos por agora: mantêm-se 62 vítimas mortais e 62 feridos, dois em estado grave.

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"Esta é uma situação que se mantém difícil, mas começamos por valorizar empenho de todos os combatentes. O combate evolui favoravelmente nos distritos afetados", começou por dizer o comandante, em Avelar, Ansião, onde está agora o posto de comando.

Muitos dos fogos estão dominados, muitos em fase de rescaldo. Mas as condições meteorológicas são adversas, não permitem que alguns meios aéreos, incluindo internacionais, possam operar". 

Apesar de a temperatura ter baixado um pouco durante a noite e de manhã, e de entretanto até ter começado a chover, os níveis de humidade são muito baixos, o que dificulta o combate às chamas. Durante o dia, esperem-se que as temperaturas rondem os 38º nos distritos afetados.

Para piorar, há locais onde os operacionais não conseguem chegar, "o que torna combate por vezes injusto". As operações vão continuar ao longo de todo o dia, mantendo o dispositivo com mais de 900 operacionais no terreno.

O esforço é para o mais rapidamente possível incêndio ser dominado [espera-se que hoje]. Mas todo o teatro de operações é preocupante. Temos de encontrar zonas de oportunidade para trabalhar e precisamos de tempo para resolver o problema".

O comandante indicou que "a qualquer momento" a situação meteorológica "pode complicar-se ou continuar a ser favorável". Precisamos de tempo para continuar a trabalhar", insistiu, em resposta aos jornalistas. 

Em algumas aldeias, os bombeiros estão a confinar as pessoas para as proteger, noutros locais é preciso mesmo deslocá-las, como aconteceu hoje em Aguda, com idosos e pessoas acamadas.

Uma palavra ainda do comandante Elísio Oliveira para quem vive na zona: "A população tem feito um trabalho excecional".

Bruxelas disponível para ajudar mais, mas Portugal tem de pedir

A Comissão Europeia respondeu a todos os pedidos feitos pelo Governo português e está disponível para ajudar mais, se for necessário.

“Foram enviados sete aeronaves de combate a incêndios de França, Itália e Espanha, mais de 100 bombeiros de Espanha e o sistema de satélite europeu Copérnico está a enviar mapas de avaliação de danos às autoridades”, disse na conferência de imprensa diária o porta-voz Carlos Martín.

“O Mecanismo de Proteção Civil da UE é ativado sob pedido”, esclareceu ainda. Até ao momento, foram atendidos “todos os pedidos que foram feitos por Portugal”.

Foi ainda enviado "para o terreno” um oficial de ligação do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência” da Comissão Europeia, para ajudar na coordenação das propostas de assistência.

Estamos totalmente disponíveis para ajudar”.

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