O incêndio no concelho de Grândola já foi considerado dominado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil. O fogo deflagrou na quinta-feira à tarde, estando neste momento “em resolução”, lê-se no site da ANPC.
O combate às chamas, mobilizava, antes das 13:00, 220 operacionais, apoiados por 69 viaturas e dois helicópteros.
O fogo teve início às 15:07 de quinta-feira, nas freguesias de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão, e deixou um rasto de destruição. O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, estima em cerca de 3.000 hectares a área já ardida no incêndio.
O perímetro do que já ardeu ainda não está bem avaliado, mas terão sido cerca de três mil hectares”, muito eucaliptal e também área de montado. A maioria desta área ardeu no espaço de uma hora”, na quinta-feira.
A explicação está no “vento forte”, que chegou aos “40 quilómetros/hora em determinado momento”, cita a Lusa.
O vento mudava muito e tem sido o grande inimigo no combate a este incêndio. E esse é outro receio que temos nas próximas horas”.
Este incêndio obrigou a evacuar cerca de 10 montes isolados, na zona do Viso, perto de Azinheira dos Barros, mas sem registo de casas ardidas, nem de danos pessoais.
Ontem, a força das chamas também levou ao corte da circulação ferroviária.
Abrantes: uma frente ativa
Já o fogo de Abrantes, que ontem chegou a entrar dentro da cidade, tinha hoje pela hora de almoço apenas uma frente de fogo ativa. A Proteção Civil indicou que o incêndio dá "sinais de ceder". O combate evolui favoravelmente e em direção a uma área queimada, segundo a presidente do município.
Maria do Céu Albuquerque também indicou que "o vento está a empurrar as chamas para uma área já queimada".
Outra informação relevante é que "não há situações de perigo" para pessoas ou habitações.
A manterem-se as condições da manhã, "o fogo pode entrar em resolução dentro de poucas horas".
Este incêndio, que deflagrou na Aldeia do Mato, na quarta-feira, provocou o pânico ontem na cidade do distrito de Santarém, já que chegou a estar dentro da cidade. A circulação automóvel na A23 e IC1 esteve cortada.
Ontem à noite, ardeu a casa de uma senhora idosa, com cerca de 80 anos. Várias pessoas tiveram de dormir fora das suas habitações. A família de cinco pessoas da habitação que ardeu totalmente foi realojada na casa paroquial, segundo a autarquia.
Seis aldeias foram evacuadas parcialmente e cerca de 50 pessoas foram transferidas para locais mais seguros, como o Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), no Quartel Militar de Abrantes.